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sábado, 4 de junho de 2022

Um Cadáver de Sobremesa (Murder by Death) 1976

Os acontecimentos misteriosos em "Murder By Death" acontecem num velho castelo sombrio, perpetuamente envolto em neblina e tempestades, no final de uma estrada longa e sinuosa e do outro lado de uma ponte frágil. A campainha toca com um grito penetrante de mulher. O mordomo (Alec Guinness) é cego, o cozinheiro é surdo e mudo, e o excêntrico milionário anfitrião, Lionel Twain (Truman Capote), é uma personagem sinistra. Os convidados para esta festa misteriosa são um grupo familiar - paródia aos cinco maiores criminologistas do mundo. Eles incluem Sidney Wang (Peter Sellers), o famoso detective chinês; Sam Diamond (Peter Falk), o detetive particular de San Francisco; Milo Perrier (James Coco), o gordo detetive belga; Miss Marbles (Elsa Lanchester), a avó inglesa; e Dick e Nora Charleston (David Niven e Maggie Smith), frios como pepinos e nunca sem um martini nas mãos. Irá acontecer um crime no castelo, e os detectives terão de descobrir o assassino.
Realizado por Robert Moore, com um argumento da autoria de Neil Simon, numa altura em que cada filme que pegava transformava num sucesso, e durante a década de setenta conseguiu mesmo três nomeações para o Óscar num curto espaço de 3 anos, é uma paródia aos filmes de detectives que estavam então muito em moda durante aquele período, uma paródia que apesar de não ter sido muito bem concebida era facilmente vista por quem não conhecia os filmes a serem parodiados.
No meio de um elenco com tantas estrelas, é Alec Guiness quem acaba por colocar o filme no bolso, no papel do mordomo cego. 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Casino Royale (Casino Royale) 1967

Quando o chefe “M” (John Huston) da agência secreta é assassinado, James Bond (David Niven) deixa a reforma de espião para ajudar a esmagar a SMERSH, o grupo de assassinos possivelmente responsáveis. E para proteger a sua verdadeira identidade, o nome de Bond é dado a vários agentes, incluindo Evelyn Tremble (Peter Sellers) e o sobrinho neurótico de Bond, Jimmy (Woody Allen).
"Casino Royale" é a paródia original, estabelecendo os precedentes para os filmes de Austin Powers no final dos anos 90. A presença de cinco realizadores aliada ao enredo excessivamente complicado, torna o filme quase impossível de se seguir. Uma sátira ao mais alto grau, foi o primeiro filme não oficial de James Bond, mas é desnecessário compará-lo a qualquer filme de série. O elenco de celebridades está embaraçosamente em piadas ridiculas atrás de piadas ridiculas, mas o mais valioso do filme é mesmo a banda sonora da autoria de nomes como Burt Bacharach, Herb Albert e Dusty Springfield.
John Huston, Ken Hugues e Robert Parrish foram alguns dos realizadores associados ao projecto, enquanto que o elenco contava ainda com Ursula Andress, Orson Welles, Deborah Kerr, William Holden, Charles Boyer, Jean-Paul Belmondo, Barbara Bouchet, entre tantos outros. A banda sonora conseguiu uma nomeação para os Óscares. 

domingo, 6 de março de 2022

A Pantera Cor de Rosa (The Pink Panther) 1963

O incompetente e desastrado inspector Jacques Clouseau da Sûreté francesa anda há anos atrás de um notório ladrão de joias conhecido como Fantasma. Clouseau e a sua mulher Simone reunem-se, na luxuosa estância de Inverno de Cortina d¿Ampezzo, com o playboy britânico sir Charles Willingham e a princesa indiana Dala. Clouseau está seguro de poder deitar a mão ao ¿Fantasma¿ que certamente não resistirá a roubar a fabulosa joia da princesa, a célebre Pantera Cor de Rosa. Na verdade, o Fantasma é sir Charles e a sua cúmplice e amante é, nada mais nada menos, que a própria mulher de Clouseau, o que complica especialmente todas as iniciativas do inspector. Na sumptuosa casa de Roma da princesa, na sequência de um tresloucado baile de máscaras, a joia é finalmente roubada mas no fim é o infeliz Clouseau que acaba por ser acusado do furto.
"A Pantera Cor de Rosa", realizado em 1963 por Blake Edwards, foi o primeiro filme de uma série de grande sucesso de tresloucadas comédias policiais que tornaram Peter Sellers numa vedeta internacional. Uma itenerante história policial, sobre um arrojado e sofisticado ladrão internacional de joias perseguido pelo mais desastrado e incompetente inspector da polícia, é o pretexto para Edwards construir uma deliciosa comédia, recheada de gags hilariantes, como a cena do baile de máscaras com os três gorilas ou a disparatada perseguição automóvel que termina na fonte. Curiosamente, a personagem do inspector Clouseau, com o seu ar imbecil, as suas disparatadas deduções, a sua tendência para criar o caos e a destruição e o seu intolerável sotaque, não era ainda a personagem central e fulcral que acabaria por dominar todos os filmes da série. Peter Sellers cria uma personagem inesquecível e inconfundível, fruto do seu extraordinário talento para as mais sinuosas caracterizações que lhe permite, mesmo aqui, frente a David Niven, Robert Wagner, Capucine e Claudia Cardinale, roubar todas as cenas em que participa.
*Texto RTP

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Ingénua... Até Certo Ponto (The Moon is Blue) 1953

 Um dos casos mais famosos de filmes estreados sem o selo de aprovação da PCA foi "The Moon is Blue", baseado numa peça com o mesmo título, também escrita por F. Hugh Herbert, hoje parece  uma comédia leve e muito datada, Patty O´Neal, uma jovem actriz de televisão lutadora e ingénua conhece Donald Gresham, um jovem arquitecto, no Empire State Building. Ele convida-a para jantar, ela aceita, mas pelo caminho pergunta-lhe se podem passar pelo seu apartamento para costurar um botão que caíu. Ela pergunta-lhe se ele tentará seduzi-la ou se as suas intensões são honrosas, ao que ele a repreende por ter sido directa demais. 
Foi negado o selo de aprovação ao filme por causa da sua forma despreocupada como lidava com o assunto do adultério, apesar de não acontecer nenhum adultério durante todo o filme. A LOD classificou-o como "C" de condenado, mas a importância deste filme perante os censores de Hollywood não foi por questões técnicas, mas sim porque os censores esperavam que o distribuidor perdesse dinheiro por não ter conseguido um selo de aprovação. Em vez disso, o filme que tinha custado 450 mil dólares, acabaria por ser exibido em mais de 4000 cinemas, facturando 6 milhões de dólares na estreia. O seu sucesso enfraqueceu os poderes do PCA e fez outros estúdios tomarem nota, principalmente quando a United Artists deixou de ser membro da MPAA, em apoio a este filme.
Alguns anos depois, e depois do PCA ter revisto os seus padrões extensivamente, a United Artists voltou aderir ao MPAA, mas o filme ainda enfrentaria uma grande luta para conseguir o selo de aprovação para ser exibido em todos os cinemas, tendo sido proibido em várias cidades.

terça-feira, 23 de abril de 2019

O Juramento dos Quatro (Four Men and a Prayer) 1938


Na Índia, o coronel Loring Leigh (C. Aubrey Smith) é acusado de emitir uma ordem que levou um esquadrão de homens à morte. É considerado culpado e demitido. Já em Inglaterra reúne os seus quatro filhos em volta dele para iniciar uma investigação para provar a sua inocência. Antes que possam iniciar a investigação Leigh é misteriosamente baleado e todos os seus documentos roubados, e embora o médico legista tenha considerado um suicídio os quatro filhos espalham-se pelos quatro cantos do mundo para apanharem o culpado. 
John Ford dirige este pequeno thriller de mistério atípico adaptado do romance de David Garth, com um argumento escrito por Richard Sherman, Sonya Levien e Walter Ferris. A história é melhor apresentada do que o filme merecia por um elenco encantador, onde se destacam já alguns nomes de peso. Os quatro irmãos são Richard Greene, George Sanders, David Niven, e William Henry, coadjuvados por Loretta Young, como namorada de Richard Greene. Não faltam ainda nomes de peso nos secundários, como C. Aubrey Smith, Alan Hale, e John Carradine. Carradine era já uma presença habitual nos filmes de Ford, participando aqui pela quarta vez num filme seu. Era habitual vê-lo em papéis de índole duvidosa, e a colaboração entre os dois estender-se-ía por mais uma série de filmes até Ford partir para a guerra.
Ford não estava particularmente intertessado em fazer este tipo de filme político, mas tinha um contrato com a Fox que o obrigava, mas mesmo assim conseguiu dar o melhor de si num conjunto de cenas que lhe eram queridas, como a calorosa reunião entre o pai e os quatro filhos. O filme, ao braquear o imperialismo britânico e as atrocidades cometidas pelo comercio mundial de armas, inclui uma declaração política muito questionável.

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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Um Caso de Vida ou de Morte (A Matter of Life and Death) 1946

Todos os filmes Michael Powell e Emeric Pressburger são especiais. No entanto, Um Caso de Vida ou de Morte (A Matter of Life and Death) ocupa um lugar muito particular no universo cinematográfico da dupla. As razões prendem-se com o cariz insólito do tema, mas também com o facto de ser o filme mais consensualmente amado pela crítica. 
 Um Caso de Vida ou de Morte é um filme absolutamente insólito, uma espécie de conto de fadas para adultos. Tudo começa quando o avião de Peter David Carter (Larry Niven) é derrubado, já na fase final da Segunda Guerra Mundial. Aquelas que supostamente serão as suas derradeiras palavras são para uma americana desconhecida, June (Kim Hunter), uma operadora de rádio. Estranhamente, o aviador não morre e enquanto é aguardado no lugar onde vivem os mortos, acorda na Terra, embora não saiba verdadeiramente que está vivo. O filme apresenta-nos um conjunto de peculiaridades absolutamente surpreendentes. A primeira, é que o mundo dos mortos, possivelmente o Céu, é sempre a preto e branco, enquanto a cor só existe na vida terrestre. A segunda mostra-nos que o mundo dos mortos é um mundo de justiça e equidade, como se de uma racionalização absoluta se tratasse, mas o mundo da Terra é o do amor e da imperfeição dos sentimentos. A terceira consiste no facto da relação entre os dois mundos se fazer nos dois sentidos: os serviços centrais e (quase) sempre perfeitos da morte, enviam um emissário que faz parar o tempo para resgatar a vida de Carter (absolutamente fantástica a cena do jogo de ténis de mesa suspenso com a bola no ar); na fase final, é o próprio Carter que se vai defender ao outro mundo levando a sua amada June e o seu médico. Parece óbvia a relação com a Alegoria da Caverna, o célebre texto de Platão. No entanto se o cenário tem algumas semelhanças, as diferenças são óbvias. Platão desvalorizava o mundo sensível, considerando-o ilusório e aparente e toda a nossa vida aqui deve ser um esforço para ascender ao mundo da verdade e da permanência, Mais vale ser escravo no mundo da luz, do que rei no mundo da sombra. Mas no filme de Powell e de Pressburger, não existe essa visão maniqueísta tão típica do pensamento do filósofo grego. Aqui parece quase prevalecer uma visão ateísta ou, pelo menos, agnóstica sobre as vantagens do Céu. Por muito justo e tranquilo que seja o outro mundo, este é sempre preferível. É neste que pulsa a vida, a imperfeição e o amor. E se se enganaram (uma vez sem exemplo) ao deixarem viver quem deveria ter morrido, será profundamente injusto reclamarem do seu erro. Sobretudo quando está em causa o amor que existe entre Peter e June. É do lado de cá que está a felicidade, onde residem os afectos e a vida. Do lado de lá está a perfeição gelada. Por isso, quando o amor vence a razão e se estabelece uma nova data para a morte de Peter, alguém diz que é demasiado generosa. Todos temos que morrer um dia, mas quantos mais anos pudermos adiar a data da nossa morte, tanto melhor. Voltando a Platão: no diálogo Fédon, Sócrates aparece extremamente feliz no dia da sua morte, porque se vai libertar do seu corpo e irá para um mundo (o Hades) que ele acha que é muito melhor. Em Um Caso de Vida ou de Morte, Peter e June ficam extasiados porque depois de terem subido as escadarias do Céu, podem voltar à Terra para poderem viver o seu amor. 
 Na sua aparente ligeireza e bom humor, Um Caso de Vida ou de Morte é um filme profundamente filosófico. Mais do que uma reflexão sobre o significado da vida, há um apelo para que ela seja vivida o melhor possível e durante tanto tempo quanto pudermos. Por isso transcende tempos, lugares e vontades, para se tornar numa obra absolutamente essencial.
* Texto de Jorge Saraiva.

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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

55 Dias em Pequim (55 Days at Peking) 1963

Uma comovente história de amor e lealdade, quando um pequeno grupo de estrangeiros se vê encurralado no interior da Cidade Proibida de Pequim, cercados por milhares de fanáticos chineses, durante a revolta dos Boxers. A coragem e liderança de um major do exército americano (Charlton Heston) e do Embaixador inglês (David Niven) são a única esperança, enquanto uma bela Condessa russa (Ava Gardner) tem de escolher entre a liberdade e os seus compromissos.
Os rebeldes (Boxers) eram anti colonialismo, anti cristãos e até mesmo anti ocidentais, e o seu ódio às forças impertinentes que tentavam tomar conta do país aumentava para níveis de rancor, violência, assassinatos cruéis, forçando a Aliança a reforçar a sua posição fora da cidade imperial. O governo chinês foi apanhado numa posição difícil em que o seu apoio desigual aos Boxers assegurava que país não fosse dividido pela aliança. O comandante Ronglu tentou agir como um tampão, para impedir o apoio total aos Boxers, e tentar influenciar contrariamente a influência do príncipe Qing, que podia levar a uma guerra.
Foi o ultimo filme visto pelo presidente John F. Kennedy na Casa Branca (a 10 de Novembro de 1963), e era também o adeus de Nicholas Ray a Hollywood, sendo substituído durante as filmagens pelo seu assistente, Andrew Marton. O argumento era adaptado do livro "55 Days At Peking", de S. Edwards, a seis mãos, por Robert Hamer, Philip Yordan, e Bernard Gordon. Esta aventura animada, mas muito comprida, é passada em 1900, em Peking, durante a revolução dos Boxers. Esta representação histórica tem a tarefa pouco invejável de tentar desculpar o imperialismo estrangeiro na China, como uma espécie de direito de deus reservado para os americanos e os europeus. O filme é por vezes brilhante, no seu scope épico (filmado em Super Technirama 70), mas o produtor Samuel Bronston retalhou-o na sua remontagem.
 Para além do trio de protagonistas, Ray tinha também uma constelação de estrelas a trabalhar com ele: Flora Robson, John Ireland, Harry Andrews, Leo Genn, Paul Lukas, entre outros.

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sábado, 12 de setembro de 2015

Fuga Para Atenas (Escape to Athena) 1979

As desventuras de vários indivíduos que tentam a sua sorte para enriquecer ás custas dos tesouros que as ilhas gregas escondem, principalmente um conjunto de pratos de ouro com rubis incrustados. Mas a missão para encontrar estes pratos encara outros problemas. Como se desfazer das tropas que estão na cidade? Como fazer para eliminar as tropas que estão no mosteiro?
Filme pouco vulgar sobre a Segunda Guerra Mundial, filmados nas exóticas ilhas gregas, e com uma banda sonora empolgante de Lalo Schifrin, mas o realizador não conseguiu decidir sobre o tom geral do filme, e a música parece ir recolher influências a vários outros clássicos do género, como "The Guns of Navarone", “Kelly’s Heroes” e “The Great Escape”, só que misturar os três não seria boa idéia. Não é um filme tão mau como foi pintado na altura, e talvez venha a ser do agrado a fãs dos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial.
O realizador era George Pan Cosmatos, que ficaria mais conhecido por trabalhar com Stallone, em "Rambo II" e "Cobra", tinha aqui ao seu encargo um elenco de estrelas de primeira: Telly Savalas, David Niven, Stefanie Powers, Claudia Cardinale, Richard Roundtree, Sonny Bono, Elliot Gould, e Roger Moore no papel de Nazi. "Escape to Athena" vai buscar influências óbvias a "Doze Indomáveis Patifes".

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segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Olho do Diabo (Eye of the Devil) 1966



O marquês Philippe de Montfaucon (David Niven) é chamado de volta para o seu castelo de Bellenac, por causa de outra estação seca. Ele pede que a esposa e os filhos permaneçam em Londres, mas eles ainda vão logo depois dele. A sua esposa, Catherine de Montfaucon (Deborah Kerr) descobre que o seu marido anda a agir misteriosamente e que os seus funcionários andam a seguir os rituais pagãos antigos, que exigem a vida do marquês para salvar as colheitas.
O efeito de se assistir a "Eye of the Devil" é menos interessante do que as histórias que surgiram sobre ele. O filme sofreu nas mãos dos censores, e rumores sobre o poder oculto das imagens que foram cortadas cresceram em torno dele, embora infundadas, mas depois de Sharon Tate ter sido assassinada três anos depois, houve aqueles que quiseram fazer uma ligação entre os fictícios acontecimentos sobre a magia negra, e os horrores da vida real, da família Manson, principalmente porque o marido da actriz, Roman Polanski, também tinha feito um filme sobre adoradores do diabo, na mesma altura: "Rosemary´s Baby". Mas, na verdade, "Eye of the Devil" não suporta o peso desses rumores. Era apenas um filme de mistério e horror, feito para um público inglês. Daí que também tenha passado um pouco ao lado no território americano.
Curiosamente, embora haja algumas semelhanças entre este e o anterior terror clássico de Deborah Kerr, "Os Inocentes", ela não tinha sido a primeira escolha para o papel, que estava destinado para Kim Novak. Mas por várias razões acabaria por ir parar a Kerr. Mas enquanto no anterior filme de suspense sobrenatural a preto e branco era extremamente eficaz, aqui reduz-se a um desculpa esfarrapada durante hora e meia para assustar o público.
A fotografia atmosférica de Erwin Hillier funciona muito bem, causando um ambiente opressivo. e o elenco contém algumas estrelas interessantes da época: Donald Pleasence, Edward Mulhare, Flora Robson, David Hemmings, entre outros. Foi o primeiro papel importante de Sharon Tate, escolhida pelo produtor Martin Ransohoff que a considerava a sua grande descoberta.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Oitava Mulher do Barba Azul (Bluebeard's Eighth Wife) 1938



Michel Brandon (Gary Cooper) é um milionário norte-americano que gosta de casar, mas que não consegue permanecer casado. Teve já sete mulheres e está à procura da número oito. Na Riviera Francesa, conhece Nicole de Loiselle (Claudette Colbert), filha de um marquês francês falido que vê no casamento da filha uma oportunidade de negócio. Mas ao perceber que vai ser a 8ª mulher de Michael, Nicole engendra um plano para que não venha a ser apenas mais um número na lista das ex-mulheres de Michael.
Com um argumento escrito por Charles Brackett e Billy Wilder, e realização de Ernst Lubitsch, esta comédia romântica só poderia resultar em pleno. O filme era uma releitura do romance "The Taming of the Shrew", mas tem a distinção de ser uma das mais originais screwball comedies. Colbert a demonstrar que tem muito talento cómico, talvez até mais do que Cooper, com destaques ainda no campo das interpretações para Edward Everett Horton, no papel do pobre pai, e o britânico David Niven como outro pretendente.
O argumento era o primeiro de uma série de colaborações de sucesso entre Billy Wilder e Charles Brackett ((Ball of Fire, Ninotchka, Sunset Boulevard), e está cheio de grandes tiradas (”I only have to look at your pants to know everything”). Não é tão cruel como as obras posteriores dos dois, em especial de Wilder, mas ainda assim é um grande argumento. Também é um filme de Ernst Lubitsch, ele que é famoso pelo seu toque especial no campo da comédia, assim como aproveita da melhor maneira os cenários luxuosos da velha Europa, e da classe rica de Nova Iorque, repleta de maravilhosos hotéis, vestidos, jóias, e uma divertida série de empregados de hotel, tudo temperado com a fria batalha dos sexos, que era normal nas comédias da altura.
Não foi um sucesso de crítica na altura da sua estreia, mas com o tempo tornou-se num dos filmes mais importantes do realizador.
Foi uma escolha do Rui Alves de Sousa.

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