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terça-feira, 26 de junho de 2018

Darling (Darling) 1965

Julie Christie interpreta o papel de Diana Scott , a jovem modelo ambiciosa e sedutora a quem todos chamam "Darling". Depois do divórcio, Diana vai em busca da fama e do sucesso, mas rapidamente se apercebe de que a melhor maneira de ascender socialmente é seduzindo homens ricos e poderosos. Embarca então numa série de aventuras amorosas para manipular o seu caminho até ao topo. Dirk Bogarde é Robert Gold, o jornalista de televisão que abandona a família para ir viver com ela. Robert integra Diana na alta sociedade, mas a realidade é ligeiramente diferente do que ela estava à espera.
Sátira social de John Schlesinger, escrita por Frederic Raphael, e com um ambiente tipicamente anos 60, aponta para o problema da alienação do jet set e os valores ocidentais corruptos. O filme é baseado na idéia de um disc jockey da rádio chamado Godfrey Winn, que entregou um rascunho de dez páginas a Schlesinger sobre uma modelo de luxo que ele conhecia e cometeu suicídio. Por sua vez o realizador entregou o rascunho a Raphael, que tratou de passar a história para um argumento. 
Julie Christie, no seu primeiro papel de protagonista, ganhou o Óscar de Melhor Actriz, e foi catapultada para a fama internacional, mostrando o seu talento, mesmo numa personagem considerada lixo, como a sua Darling. John Schlesinger mantem-se sintonizado com os tempos de mudança, além de descrever um estilo de vida amoral de uma forma imprudente e realista. 
Na altura em que estreou foi sobrevalorizado, mas actualmente encontra-se um pouco datado.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

O Jovem Mentiroso (Billy Liar) 1963

Desgastado pela sua própria vida, mas aterrorizado para procurar uma melhor, William Fisher personifica a passividade da geração do pós-guerra, confusa pela riqueza de oportunidades que foi negada aos seus pais. Liz é uma jovem de espírito livre, radiante e ansiosa por descobrir o que o mundo lhe tem para oferecer. A vida destes dois jovens vai-se cruzar, e para William é pegar ou largar.
"Billy Liar" é provavelmente o filme mais divertido desta "nova vaga". Na verdade, é o único que podemos dizer que está próximo de uma comédia, e como uma boa comédia há uma oferta interessante de piadas que permitem que o público leve em consideração verdades difíceis, e idéias complexas que podiam ser mais intragáveis num trabalho dramático.
Baseado num livro de Keith Waterhouse, e numa peça subsequente de Willis Hall, "Billy Liar" tem a estrutura de uma comédia clássica de TV. Em 1963 "Galton and Simpson's Steptoe and Son" (BBC, 1962-74) foi um grande sucesso na televisão britânica, e tinha alguns paralelos com este segundo filme de John Schlesinger. Tal como Harold Steptoe, Billy era um fantasiasta disposto a transcender a sua vida quotidiana, mas incapaz, realmente, de a deixar na realidade, preferindo chafurdar no conforto da sua vida de fantasia.
O filme é maravilhosamente interpretado, principalmente por Tom Courtney (de "The Loneliness...")com a sua mistura de boas intenções, imaturidade e inteligência, a conseguir ser genuinamente engraçado. A pungência de Billy, o perdedor, é contrastada pela bela, irresistível e imaginativa Liz, interpretada por Julie Christie, com uma das suas personagens mais devastadoras. Dois anos depois Christie voltaria a trabalhar cim Schlesinger noutro filme desta "nova vaga", no qual venceria o único Óscar da sua carreia.

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domingo, 17 de junho de 2018

Um Modo de Amar (A Kind of Loving) 1962

Alan Bates é Vic Brown, um jovem desenhador numa fábrica que ama Ingrid Rothwell (June Ritchie).Certa noite em que a mãe da jovem não está em casa eles fazem amor. A partir daí, Vic não quer saber dela até que Ingrid lhe dá a notícia de que está grávida. Acabam por se casar e passam a viver com a mãe dela que não gosta de Vic.
Primeira obra de John Schlesinger, adapatado de um best seller de Stan Barstow. O argumento pode levar a supor que é quase uma paródia a um filme da "new wave britânica",  com o seu cenário do norte do país, jovens adolescentes grávidas obcecadas com televisões e bandas, mas na verdade é um trabalho muito subtil, explorando a forma como as pessoas têm de negociar o que querem através de uma série de compromissos e escolhas difíceis.A história da relação de Vic e Ingrid oferece uma visão complexa do amor e do sexo num momento de mudança. 
Existem tensões entre desejo, responsabilidade e aceitação social, que não são facilmente resolvidas. Embora o clima moral que o filme descreve tenha mudado consideravelmente, "A Kind of Loving" continua a ser um filme interessante e compensador, que ousa aceitar que não há necessariamente respostas fáceis para as perguntas que ele apresenta. O filme é também interessante como uma ilustração de novas afluências e aspirações da classe trabalhadora. 

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Capítulo 7 - Suspense

Calma de Morte (Dead Calm) 1989
"Dead Calm" reduz as nossas emoções e arrepios para as suas formas mais raras. Sem um grande argumento elaborado, nem twists ou reviravoltas. Isto é pura tensão, quando encontramos em apuros um homem e uma mulher casados na luta pelas suas vidas contra um inimigo instável, que eles convidaram para bordo do seu veleiro no oceano.
O filme vale sobretudo para os fãs de Nicole Kidman que pretendem conhecer o trabalho da actriz pré-Hollywood, filmado na Australia, terra da sua descendência, tal como do realizador Philip Noyce, também ele prestes a mudar-se para Hollywood. Kidman mostra aqui algumas das suas melhores capacidades de interpretação jogando com o terror, medo e força de vontade, tudo ao mesmo tempo e de forma muito realista. Depois é coadjuvada por dois actores no topo da forma, Sam Neill e Billy Zane, que dá ao seu personagem um apelo assustador, que parece ao mesmo tempo assustador e sedutor, aterrorizante e simpático.
A história já se disse que não era das melhores, mas "Calma de Morte" funciona muito bem o tempo todo. Tornou-se num filme australiano de culto.

O Inquilino Misterioso (Pacific Heights) 1990
Drake e Paty (Matthew Modine e Melanie Griffith) realizam o seu grande sonho, comprar uma casa vitoriana. Mas para pagar as despesas eles tem que alugar uma parte da casa. Carter Hayes (Michael Keaton) parece ser o inquilino ideal: rico, charmoso e bem sucedido. Assim que começa a morar na casa, coisas estranhas começam a acontecer. A solução é despejá-lo, mas quando tomam esta atitude tem início a uma crescente guerra psicológica contra o indefeso casal. Drake e Paty não podem perder esta guerra, porque isso pode custar a sua relação, a casa e talvez as suas vidas. E para piorar a situação, a lei está do lado de Hayes.
Um filme sobre os horrores das regras e regulamentos. Um exemplo do sistema jurídico moderno, um sistema destinado a proteger os inocentes, mas frequentemente abusado por aqueles que são maus. "Pacific Heights" conta a história do pior inquilino do mundo, um homem que engana todos no seu caminho para conseguir uma nova casa, e de seguida usa cada lacuna legal ao seu alcance para tornar a vida dos seus proprietários num inferno.
Seria o primeiro filme de Michael Keaton depois de "Batman", de Tim Burton. Depois deste filme largava os papéis de cómico a que estávamos habituados,  e começa a fazer cinema mais sério. Como vilão tem uma das suas interpretações mais agradáveis, sobre as ordens do experiente John Schlesinger.

Frenético (Frantic) 1988
Harrison Ford é o Dr. Richard Walker, um médico famoso que, com a sua esposa Sondra visitam Paris pela segunda vez. Da primeira vez, viveram uma lua-de-mel inesquecível, mas agora vão viver momentos de suspense e terror. Tudo começa quando Sondra desaparece misteriosamente do hotel e Walker se vê sozinho numa terra estranha e sem pistas. Até que surge a linda Michelle que resolve ajudá-lo e o leva à aterradora realidade do submundo numa busca incansável pela sua esposa.
Provavelmente não é o melhor filme para o turismo em Paris, mas é muito eficaz como um thriller hitchcockiano, e um triunfante regresso ao género de Roman Polanski, que vinha do enorme fracasso de "Piratas", o seu filme anterior, normalmente considerado um dos maiores fracassos da década. Ainda assim, mesmo com um actor da moda como Harrison Ford, acabaria por ter resultados de bilheteira algo desapontantes.
Harrison Ford tem um desempenho notável como o doutor, e mantém o filme no bom sentido, mesmo quando este está mal orientado. O filme é perfeito nos primeiros 45 minutos, com um mistério verdadeiramente emocionante, mas as coisas começam a diminuir quando Richard se aproxima da verdade. Podem ler mais sobre o filme aqui.

Na Vigília da Noite (Someone to Watch Over Me) 1987
O detetive Mike Keegan (Tom Berenger) é promovido e tem sua vida virada do avesso. Recebe a missão de proteger a socialite Claire Gregory (Mimi Rogers), uma testemunha de um assassinato importante. Mike luta para manter o profissionalismo, em relação à sua família, mas a cada noite fica mais seduzido pelo mundo glamuroso de Claire. Trabalhando para manter a bela mulher a salvo tenta descobrir os próximos passos do assassino. 
Era o terceiro filme de Ridley Scott na década de 80, e de longe o menos conhecido. Um thriller erótico que triunfa mais como policial do que filme de suspense, em parte pela sua incapacidade de causar sustos. Com cenários deslumbrantes, mostra a extraordinária arte visual de Ridley Scott, um realizador que habitualmente caprichava neste campo, basta nos lembrarmos de "Blade Runner".
A carreira de Ridley Scott está recheada de fracassos, mas este acaba por não ser dos maiores, visto que o seu orçamento também era mais reduzido.Há uma tentativa de aproveitar Tom Berenger como protagonista, depois do actor ter sido nomeado para um Óscar em "Platoon", mas os filmes seguintes não correram muito bem. Este seria o pimeiro depois da nomeação.

sábado, 29 de outubro de 2016

Capítulo 1 - Terror

Vamos começar esta viagem ao mundo do VHS pelo género de Terror, que ao mesmo tempo irá ser a nossa forma de festejar o Halloween. O terror foi ganhando popularidade com o passar dos anos, e se durante muito tempo era um género tabu, hoje em dia é dos mais procurados. Principalmente a partir dos anos 80 tivemos um boom considerável, em parte por causa da evolução dos efeitos especiais. Graças a isso muitas obras deste género tornaram-se mainstream durante esta década: "O Uivo da Fera", "Companhia dos Lobos", "A Mosca", "Gremlins", "Um Lobisomem Americano em Londres", "The Evil Dead", "Pesadelo em Elm Street", "The Shining", "Poltergeist", entre outros.
Vamos então fazer uma viagem por este género, não pelos filmes de primeira linha, mas pelos outros que vêm logo a seguir. Estes foram alguns dos filmes presentes na prateleira de terror.

A SEITA DO MAL (The Believers) 1987
Ao investigar o brutal assassinato de dois jovens, um detetive perde o equilíbrio mental. O psicólogo da polícia descobre que a insanidade do colega está diretamente relacionada com um culto religioso especializado em sacrifícios humanos.
O filme fala sobre a religião de Santeria, uma fé que teve a sua origem no comércios de escravos, quando os nativos africanos foram transportados à força para as Caraíbas e foram e foram convertidos aos catolicismo. A fim de manter as suas crenças nativas, misturam conceitos da sua religião com os principios de Roma. Estima-se que 35000 pessoas pratiquem Santeria nos Estados Unidos. 
Baseado no livro "The Religion" de Nicholas Conde, e adaptado por Mark Frost (antes de se envolver em "Twin Peaks"), foi um dos melhores filmes sobre o oculto realizados nos anos 80. Realizado pelo britânico John Schlesinger, que aos poucos tentava regressar à boa forma do seu inicio de carreira, este acabaria por ser o seu melhor filmes pós-1980, a par com "Pacific Heights", que veremos mais para a frente. Martin Sheen é o protagonista.

 ARACNOFOBIA (Arachnophobia) 1990
Toda a gente tem medo de alguma coisa...mas a fobia do Dr. Ross era muito estranha. Quando ele se muda com a família para uma cidade do interior, aquilo que o apavorava transforma-se numa crescente ameaça para todos os moradores do lugar. As aranhas estão prestes a destruir a cidade inteira. A única hipótese de salvar todo mundo é superar este medo infantil - mas pode ser tarde demais...
Atrás deste projecto estava a Amblin Entertainment, e logo a equipa de produção de alguns dos maiores êxitos dos anos 80, "ET", "Poltergeist", "Indiana Jones e o Templo Perdido", "Goonies", "Regresso ao Futuro", logo as expectativas eram bastante elevadas. Frank Marshall era um dos cabeças do estúdio, junto com Steven Spielberg e Kathleen Kennedy, salta pela primeira vez para atrás das câmaras, e pode-se dizer que fez um bom trabalho. Estava-se no auge da popularidade da Amblin, e tinha-se que aproveitar o momento.
É um filme um pouco reminiscente de "Gremlins". A pequena cidade a ser invadida por criaturas. O facto de serem aranhas, dá um tom um pouco mais realista ao filme, e os efeitos especiais são do melhor da altura. Destaque para a curta interpretação de John Goodman, apesar do protagonista ser Jeff Daniels.

 A FELINA (Cat People) 1982
Natassia Kinski é Irene, uma bela jovem que ao descobrir o seu primeiro amor, apercebe-se que uma explosiva experiência trazer-lhe-á trágicas consequências. Esta poderosa paixão ultrapassa todo o caos à sua volta, incluindo as bizarras exigências do seu próprio irmão (Malcolm McDowell) uma vez que a puxa para um destino bizarro.
"Cat People" era um remake do filme do mesmo nome realizado por Jacques Tourneur. Em plenos aos oitenta, com a pouca facilidade em descobrir cinema, o filme original era uma obra completamente obscura, ao passo que hoje é muito mais conhecido. Era um projecto de Paul Schrader, um argumentista ligado aos Movie Brats (Coppola, De Palma, etc), e que tinha já no seu historial argumentos tão importantes como "Yakuza", "Taxi Driver", ""Obsession", "Rolling Thunder", e que procurava um lugar ao sol no campo da realização, sendo este já o seu quarto filme. E pode-se dizer que até aqui a sua carreira corria muito bem.
Como cinema fica bastantes furos abaixo do original, mas é um óptimo projecto de promoção à actriz Natassia Kinski, uma das maiores sex symbol dos anos 80.

O DESVENDAR DE UM MISTÉRIO (The Changeling) 1980
Desde a trágica morte da sua família, o compositor John Russell abandonou Nova York e agora vive numa casa solitária na esperança de continuar compondo e encontrar a paz. Enquanto aprecia o silêncio e a solidão de sua nova residência, começa a ver constantemente o corpo de um rapaz. Nas suas andanças pela casa, descobre uma entrada secreta para um antigo quarto de criança que permanecia esquecido. Nele John encontra uma cadeira de rodas e uma caixinha de música e tem o pressentimento de que alguma coisa terrível aconteceu naquele quarto. 
 Um dos bons filmes sobre casas assombradas que se fez no período entre final dos anos setenta, e principio dos anos oitenta. Passou um pouco ao lado de uma carreira de sucesso, talvez por ter sido uma produção canadiana, mas o elenco de velhas estrelas é do melhor que se podia encontrar: George C. Scott, Trish Van Devere, Melvin Douglas e Jean Marsh. É bastante superior a "The Amityville Horror" de Stuart Rosenberg, mas inferior a "The Shining" de Kubrick, do mesmo ano. A realização é de Peter Medak.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Cowboy da Meia Noite (Midnight Cowboy) 1969



Dustin Hoffman é Ratso Rizzo, um aldrabão desmazelado com grandes sonhos. John Voight é Joe Buck, um ingénuo e sedutor cowboy do Texas, convencido que é a salvação de muitas mulheres nova-iorquinas, solteiras e sedentas de amor. Vivendo à margem da sociedade, o destino acaba por juntar estas duas personagens neste poderoso e comovente filme.
"Midnight Cowboy" é várias coisas ao mesmo tempo: um astuto estudo de personagens, um buddy movies, uma comédia humana, e uma descrição honesta e directa do decadente mundo da prostituição masculina, em Nova Iorque. O que é mais surpreendente no filme, é a sua recusa em envelhecer. Ganhou o Óscar de Melhor Filme em 1969, mas visto mais de quarenta anos depois, nada parece ter diminuído o seu impacto. Continua a ser tão crú e potente como quando foi lançado pela primeira vez, com o rating X.
John Schlesinger, realizador inglês, fez "Midnight Cowboy" como a sua estreia americana, e como não era nativo de Nova Iorque, foi capaz de trazer um ponto de vista diferente, dos olhos de um estrangeiro, que redefinia a cidade, e a América. Schlesinger deixa o seu director de fotografia, Adam Holender, perder-se, por entre luzes de neon, gigantes arranha-céus, e uma variedade eclética de pessoas que a maioria dos americanos tomam como pessoas comuns. A câmera de Holender transforma a cidade num personagem do filme, como qualquer outra pessoa. Se Park Avenue é o local onde os sonhos são realizados, a 42nd Street é o local onde eles são desfeitos.
Foi o único filme, até hoje, que avaliado com o rating X, conseguiu ganhar o Óscar de Melhor Filme. Levou mais duas estatuetas para casa, de Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado (Waldo Salt). Valeu ainda nomeações para os actores Hoffman, Voight, e Sylvia Miles. Com dois actores nomeados para o prémio principal, o prémio acabaria por fugir para John Wayne, em "True Grit".

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quarta-feira, 17 de abril de 2013

O Homem da Maratona (Marathon Man) 1976


Doc Levy (Roy Scheider), é um agente secreto americano, de quem é pensado ter roubado um enorme valor em diamantes (originalmente roubado de um campo de concenteação de judeus), é morto pelo maldoso ex-nazi Szell (Laurence Olivier), um antigo dentista de um campo de concentração de profissão. Szell chegou a Nova York para recuperar a fortuna em diamantes de um cofre, e rapta o irmão de Doc, o solitário, idealista e estudante judeu, Babe Levy (um Dustin Hoffman de 38 anos de idade a interpretar um estudante de universidade na casa dos 20), que não sabe nada sobre a vida secreta do irmão. 
Em duas cenas angustiantes e sombrias (esta cena infame foi dividida em dois segmentos), o sádico dentista Szell, a essência do mal perturbador, tortura o amarrado Babe usando uma série de instrumentos dentários numa bandeja. A cena que se segue é uma das sequência de tortura mais angustiantes de que há memoória na história do cinema.
Porque lidava directamente com questões de criminosos de guerra e a presença cada vez mais assustadora do reinado de terror nazi na vida dos judeus sobreviventes (quando o filme saíu para a rua, tinha passado apenas 30 anos desde a libertação dos judeus), Marathon Man tem uma tendência um pouco enervante que teria sido melhor aproveitada se o realizador e os produtores não o tivessem ordenado tanto para as emoções nervosas. É uma prova do intervalo livre do cinema americano na década de 70, onde os thrillers comerciais de grande orçamento como este estavam dispostos a lidar com estes assuntos, mas faz-nos pensar se Goldman e Schlesinger não teriam encontrado uma outra maneira de tornar o trabalho mais provocante.
Laurence Olivier conquistaria aqui a sua nona nomeação ao Óscar, como actor secundário. 

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