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sábado, 9 de abril de 2022

A Fabulosa Troca de Caixões (The Wrong Box) 1966

Século 19, Inglaterra. Um grupo de homens guarda conjuntamente uma grande quantia em dinheiro, que só poderá ser utilizada pelo último filho sobrevivente de todos eles. Os anos passam e apenas dois irmãos restam. Tentando se apoderar do dinheiro, eles passam a lutar um pela morte do outro. 
"The Wrong Box" é um filme difícil de se categorizar. É suposto ser uma comédia, mas não é muito engraçado, também não existe drama suficiente para ser categorizado como tal. Baseado num livro do mesmo nome, escrito por Robert Louis Stevenson e pelo seu sobrinho, Lloyd Osbourne, com realização de Bryan Forbes, um homem que realizou uma série de filmes interessantes em meados da década de 50, entre os quais "The L-Shaped Room". 
O livro é muito mais sombrio do que o filme, mas na tela "The Wrong Box" acaba por se tornar numa farsa mais convencional, no centro da qual está um romance entre um par de personagens docemente ingénuos. O elenco tem muita classe, e reúne um grupo de actores de grande prestígio do cinema britânico daquele periodo, como Michael Caine, John Mills, Ralph Richardson, Peter Cook, Dudley Moore, Nanette Newman, Peter Sellers, ou Peter Graves.

domingo, 1 de julho de 2018

Alfie (Alfie) 1966

Alfie (Michael Caine) é um conquistador de mulheres charmoso que vive em Londres. Tem várias aventuras amorosas, para acrescentar mais mulheres para sua "coleção". Ele usa-as, sem qualquer tipo de censura e salta de cama em cama sem nenhum remorso. No entanto, Alfie não é tão despreocupado ou indiferente como tenta passar para as pessoas. Tentando ser livre como um pássaro, ele ignora quem realmente o ama e o seu filho acaba por ser criado por outro homem. Chega a um ponto em que começa a questionar a sua vida.
O filme que catapultou Michael Caine para o estrelato e cimentou a sua imagem de playboy, dando-lhe um dos slogans mais duradouros, tanto que chamou a sua autobiografia de "What's It All About?".O papel do mulherengo Alfie Elkins encaixou como uma luva no actor de 33 anos, valendo-lhe a sua primeria nomeação para os Óscares, que acabaria por perder para Paul Scofield em "A Man For All Seasons". 
Adaptado do livro de Bill Naughton, o filme de Lewis Gilbert abriu novos caminhos no assunto da exploração do sexo do cinema, intercalando as conquistas sexuais do anti-herói com confissões francas e espirituosas transmitidas directamente para a câmara. 
Outro dos pontos fortes do filme é a interpretação de Denholm Elliott como um abortista clandestino, que segue a linha ténue entre glorificar a amoralidade de Alfie e castigá-lo pelo seu sexismo. 

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Imdb

sábado, 3 de dezembro de 2016

Capítulo 9 - Guerra

O cinema soube alimentar-se das grandes e pequenas guerras da história da humanidade. Encenando os grandes conflitos onde se projectava a eterna e suprema luta entre o bem e o mal, o cinema encontrou um cenário onde o espectáculo ganha uma nova dimensão. Na década de 80, a que estamos a analisar, fazia-se o rescaldo da Guerra do Vietneme, e o cinema americano explorou este filão ao máximo, com filmes tão contemporâneos como: "Apocalypse Now", "Coming Home", "Deer Hunter", "Platoon", "Born on the Fourth of July", "Full Metal Jacket", entre muitos outros. Mas, o cinema de guerra no tempo do VHS não vivia só sobre esta guerra, havia muito mais guerras. Aqui está a nossa seleção para o nono capítulo.

Feliz Natal, Mr. Lawrence (Merry Christmas, Mr. Lawrence) 1983
Baseado no livro de Sir Laurens der Post, relata o tenso conflito entre brutais comandantes japoneses e os seus obstinados prisioneiros ingleses. O ano é o de 1942, e o mundo está em guerra. Feito prisioneiro pelos japoneses num campo de concentração na ilha de Java, o oficial britânico Jack Celliers (David Bowie), inicia um conflito quando resolve não acatar as regras ditadas pelo Capitão Yonoi), um cruel comandante japonês. Mas, entre eles está o Coronel John Lawrence (Tom Conti), um homem que tem um grande amor pela cultura e língua japonesa, mas que se torna uma ameaça por ser o único a entender ambos os lados.
"Merry Christmas, Mr. Lawrence" é uma curiosa produção internacional do inicio dos anos 80. Produzido por Jeremy Thomas, um produtor britânico de mentalidade internacional (habitual colaborador de Bernardo Bertolucci), e realizado pelo Japonês Nagisa Oshima, num registo bem fora do habitual, e um argumento escrito pelo próprio Oshima e pelo crítico britânco Paul Mayersberg a partir de um romance semi-autobiográfico do escritor sul-africano Laurens Van der Post, com um elenco que misturava actores britânicos com japoneses, como David Bowie, Tom Conti, Ryuichi Sakamoto (também autor da banda sonora), e Takeshi Kitano.
Era uma lógica comparação (e contraponto) ao famoso "A Ponte do Rio Kwai", de David Lean, um filme ao qual Oshima parece reagir activamente de encontro a uma tomada deliberadamente modernista sobre tensões em tempo de guerra, dando uma genuína ênfase no conflito cultural, de ambos os lados, e um desenlace que sugere que ninguém está verdadeiramente certo, nem verdadeiramente errado, o oposto ao heroismo de David Lean.

 A Grande Batalha (Cross of Iron) 1977
Uma frente de soldados alemães luta para sobreviver aos ataques soviéticos na Segunda Guerra Mundial, contando com a liderança do novo comandante, o condecorado oficial Steiner, que busca apenas uma coisa: a Cruz de Ferro para honrar sua família.
"“Cross of Iron” (ou A Grande Batalha, o muito inspirado título português) é o único filme de guerra de Sam Peckinpah e retrata um pelotão não americano, mas alemão, liderado por Rolf Steiner (James Coburn), durante a 2ª Guerra Mundial. Anárquico tematicamente mas, também, estilisticamente, “Cross of Iron” é o filme, formalmente, mais radical do seu realizador. Violento, sim, mas anti-violência como (acredite-se ou não) todo e qualquer filme de Peckinpah: Orson Welles, depois de ter visto o filme achou-o o melhor filme anti-guerra alguma vez feito (pode não o ser, mas estará lá perto). Fora isso, é um “chupem-me” à montagem e narrativas tradicionais e aos produtores e estúdios que tanto atormentaram Peckinpah. E a Hitler, também, claro está.." Tirado daqui
Aconselho também uma leitura sobre este filme, daqui.

Fuga Para a Vitória (Victory) 1981
Num campo alemão de prisioneiros de guerra o major Karl von Steiner (Max Von Sydow), que já tinha pertencido à seleção alemã de futebol, tem a idéia de fazer um jogo entre uma seleção dos prisioneiros aliados, liderados pelo capitão John Colby (Michael Caine), um inglês que era um conhecido jogador de futebol. Colby também teria a tarefa de selecionar e treinar a equipa, para enfrentar a selecção alemã no Estádio Colombes, em Paris. Enquanto os nazis, com a excepção de Steiner, planeiam fazer de tudo para vencer o jogo e assim usar ao máximo a propaganda de guerra nazi, os jogadores aliados planeiam uma arriscada fuga durante a partida. 
O projecto original era um drama sério, baseado na história verídica de um grupo de prisioneiros de guerra aliados desafiado para uma partida de futebol pelos alemães. O acordo era que se os alemães ganhassem os prisioneiros de guerra eram libertados na Suiça. Se fossem os prisioneiros a ganhar, seriam fuzilados. Os prisioneiros decidiram pela vitória, ganharam a partida, e, consequentemente, foram fuzilados.
Realizado por John Huston, já em periodo final da sua carreira, contava com um elenco de estrelas, formado por actores e jogadores de futebol reais, como Pelé, Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, John Wark, entre outros. Sylvester Stallone também fazia parte do elenco, como guarda-redes dos aliados. Já era na altura uma estrela em ascenção, em parte por causa do êxito de "Rocky", e insistiu para que fosse ele a marcar o golo da vitória, e o elenco de jogadores de futebol tentou convencê-lo do absurdo que seria o guarda-redes marcar o golo da vitória, mas era apenas para massajar o seu ego. 
Imdb