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quarta-feira, 30 de julho de 2014

O Asfalto do Medo (Roadgames) 1981



Pat Quid conduz um atrelado através da Australia. Pelo caminho ele encontra vários outros condutores, e os habituais viajantes a pedir boleia. Um passatempo da preferência de Pat é fazer jogos para passar o tempo. Pamela é uma das viajantes a quem ele dá boleia, e quando ela desaparece ele acha que o condutor de uma carrinha tem vindo a agir de modo suspeito, e provavelmente é um serial killer que vem sendo mencionado no rádio. Começa aqui o jogo do gato e o rato, que vai atraír a polícia...
Auto declarado aluno de Alfred Hitchcock, Richard Franklin trabalhou mais uma vez com o argumentista Everett de Roche, para criar uma espécie de homenagem a "Rear Window", excepto que não se passava num quarto, mas numa estrada, na cabine de um semi-reboque.  Para este passeio temos Jamie Lee Curtis, a filha da "Psycho" Janet Leigh, que junto com o motorista do camião, Stacy Keach, tenta chegar ao fundo de uma história que pode ligar uma série de corpos que têm aparecido ao redor do continente australiano. 
A história é muito simples, com a van e o camião a encontrarem-se sempre em todos os lados que vão. Embora o filme levante claramente a herança de Hitchcock (a personagem de Curtis é chamada de "Hitch", por Keach), "Roadgames" acaba por totalmente diferente de tudo o que vimos antes.
O desenrolar do filme faz-nos suspeitar do pior: o que está dentro dos sacos do lixo? o que está dentro da lancheira do homem da van? Mas o mais sensato será não tomar nada como garantido. Alguém deve ter reparado nas similaridades entre Franklin e Hitchcock, que ele acabaria por ser convidado para realizar a sequela de "Psycho", dois anos depois. E esta sequela até que não foi tão má como isso, tendo recebido algumas críticas agradáveis, e tendo alcançado óptimos resultados de bilheteira. A música é de Brian May (o compositor australiano, não o membro dos Queen).

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Patrick (Patrick) 1978



Depois de uma morte chocante da sua mãe e da sua amante, o sinistro Patrick está em coma num hospital privado, e a sua única acção passa por cuspir. Quando uma jovem e bela enfermeira, separada recentemente do marido, começa a trabalhar no hospital, sente que Patrick tenta comunicar com ela, e que tenta usar os seus poderes psíquicos para controlar a sua vida.
Depois do sucesso de "Carrie" (1976), estava aberto mais um caminho para explorar no cinema. Os filmes sobre poderes psíquicos de repente faziam parte da linguagem dos filmes de terror, e estava na hora de apanhar boleia, e aproveitar a onda enquanto era possível. Estava na hora de prender os fios invisíveis aos objectos, e arremessá-los contra as paredes, graças ao poder da mente liberta. Estes filmes representavam o maior medo de todos os pais, e, simultaneamente, a sua grande esperança. Os poderes sobrenaturais que Carrie White usava para decretar a sua vingança sobre os seus colegas de escola, eram o sonho de qualquer jovem reprimido, maltratado ou abusado na infância.
A beleza de "Patrick", produção australiana, é não seguir pelo caminho mais fácil, em que nos sentimos identificados pelos personagem principal. Em vez disso, mostra o que ele realmente é - uma criança mimada num corpo de adulto, sem qualquer preocupação com os outros sempre que ele faz alguma coisa contra alguém ao seu redor.
"Patrick" foi essencialmente feito como uma resposta a "Carrie", mas conseguiu ir muito mais longe do que isso, graças ao seu realizador, Richard Franklin, discípulo de Hitchcock, que depois faria filmes como "Road Games"ou "Psycho 2". Na altura ele tinha feito apenas filmes para TV, e filmes de softcore como "Fantasm". Fez enorme sucesso em alguns países da Europa, e conseguiu prémios importantes, em festivais como Avoriaz ou Sitgés.

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