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domingo, 24 de janeiro de 2021

Um dia no Paraíso (Another Day in Paradise) 1998

Nos anos 70, um jovem casal de adolescentes e toxicómanos, Bobbie e Rosie, vive de pequenos roubos. Quando Bobbie é ferido na sequência de um golpe, Rosie propõe-lhe refúgio junto do seu tio Mel, um traficante de droga que vive com Sid. Mel e Sid fascinam Bobbie e Rosie, com a sua vida de luxo, de drogas e de facilidades, e deixam-se arrastar para um importante roubo de narcóticos que corre mal. 
 Larry Clark, cujo filme "Kids" criou grande polémica com o seu impressionante retrato dos jovens adolescentes de Nova Iorque arrastados para a vertigem da droga e da SIDA, volta a assinar um filme perturbador e incisivo que gira, mais uma vez, em torno de adolescentes e droga. "Um Dia no Paraíso", que parte da adaptação de um romance de Eddie Little, é um cruel, irónico e impressionante "road movie" sobre o alucinante convívio de um jovem casal de adolescentes, marginais e toxicómanos, com um casal de traficantes de droga, que criam entre si uma espécie de laço familiar regido por leis absolutamente perversas ao longo de uma trajectória de crime e violência. Clark constrói uma espécie de melodrama familiar num mundo de marginalidade, amoralidade e decadência de valores morais, no qual os adolescentes são as melhores e mais trágicas vítimas. Um filme duro, cruel e perturbador, com James Woods, Melanie Griffith e os jovens Vincent Kartheiser e Natasha Gregson Wagner nos principais papéis.
* texto de RTP

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Miúdos (Kids) 1995

Nova York serve de cenário para mostrar o conturbado mundo dos adolescentes, que indiscriminadamente consomem drogas e quase nunca praticam sexo seguro. Um jovem, que deseja só fazer sexo com virgens, e uma jovem, que só teve um parceiro mas é HIV soropositivo, servem de base para tramas paralelas, que mostram como um adolescente pode prejudicar seriamente a sua vida se não estiver bem orientado.
Durante 90 minutos este drama sensacionalista com textura de documentário de Larry Clark, o seu primeiro filme, envia os seus personagens por um espiral crescente de maus comportamentos. Interpretado por um feroz elenco de não actores, na sua maioria, os adolescentes rebeldes sem saída de "Kids" portam-se como uma matilha de jovens sociopatas, saltando de uma sensação para outra. Roubar, beber e tomar drogas, espancar uma criança até à morte, deflorar virgens, todas acções cheias de agressões, alimentadas pela fome eterna de uma cultura repleta de violência e fantasia pop. 
"Kids" concentra-se numa pequena tribo, a turbulenta juventude do skate e do rap de Manhattan, que aperfeiçoam a sua atitude no fio da navalha do niilismo urbano. Mas o filme fala para maiores correntes ocultas, de desejo e desespero. O seu verdadeiro tema é a aniquilação da empatia na sociedade americana.