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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O Aventureiro Romântico (The Gunfighter) 1950

Jimmy Ringo é um pistoleiro com fama de "rápido no gatilho". Em 1880, durante uma das suas viagens, decide parar em Cayene, uma pequena cidade do Oeste. E os seus objetivos são nobres: ver o filho e reencontrar o grande amor da sua vida. Ringo é amigo do Xerife da cidade, que o protege da curiosidade dos locais. O problema é que um homem vingativo do seu passado e outros competidores descobrem que ele está na cidade e começam a armar emboscadas e a desafiá-lo constantemente para duelos.
No final dos anos 40 o western começava a crescer. Uma série de filmes, incluindo este "The Gonfighter" traziam uma temática mais complexa e obscura, ao contrário de outros westerns que se baseavam mais em tiroteios. Este filme de Henry King abordava questões bastante relevantes, como o preço da fama e a cultura das celebridades, personificado por Gregory Peck como Jimmy Ringo, um actor muito forte, que gozava do máximo respeito nesta altura da sua carreira, no papel de um rápido pistoleiro cuja fama e reputação lhe trazem muito pouco sossego.
Bob Dylan cantou sobre este filme numa canção de 1986 chamada "Bownsville Girl". Peck disse que este era um dos seus papéis preferidos, um homem em conflito, que tal como Dylan quer mudar a sua identidade e evitar ser preso ou abatido por causa da sua má fama. O que ele realmente quer é encontrar uma mulher e um terreno, para passar os restantes dias no sossego. Foi nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Original, com um dos argumentistas a ser André de Toth. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A Barreira do Medo (Cape Fear) 1962

Robert Mitchum é Max Cady, um ex-presidiário determinado a uma terrível vingança contra o seu ex-advogado Sam Bowden (Gregory Preck), e a sua família. Sam é advogado numa pequena cidade e o seu pior pesadelo torna-se realidade quando o criminoso que ele defendeu regressa para perseguir e atentar contra a vida e a honra da sua jovem esposa e da sua filha adolescente. Apesar da ajuda do chefe da polícia local e de um detetive particular, Sam não tem poderes legais para impedir Max neste jogo sádico de gato e rato.
Filme de suspense magistral, escrito pelo argumentista James R Webb e baseado no livro de John D MacDonald chamado "The Executioners", é um grande filme para J. Lee Thompson, um realizador mais vocacionado para filmes de acção, como era o caso de "The Guns of Navarone", também com Gregory Peck. 
Um filme surpreendentemente corajoso para o seu tempo, que ficou mais conhecido pelo papel de vilão tão naturalista de Robert Mitchum,  que sete anos antes tinha desempenhado outro muito famoso vilão da história do cinema, o Pastor de "The Night of the Hunter". Gregory Peck também está muito forte do papel de herói, assim como o filme tem um notável elenco: Polly Bergen, Martin Balsam, ou Telly Savalas. 
Em 1991 Martin Scorsese realizou um remake que melhorou o primeiro filme em quase todos os sentidos, na realização, na fotografia, no argumento que envolve novas dinâmicas sobre a família, nas interpretações de actores como Nick Nolte, agora o novo protagonista, Jessica Lange, Juliette Lewis, mas Robert DeNiro está a léguas da crueldade e da frieza de Mitchum como Max Cady. 

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Epopeia nos Mares (Captain Horatio Hornblower R.N.) 1951



 Hornblower (Gregory Peck) é enviado para uma missão com destino secreto, mas com a Espanha e a França mobilizadas a favor de Napoleão, têm logo a sua rota alterada para a distante América Central permanecendo em alto mar durante 7 meses sem terra à vista. Depois da longa viagem o capitão cumpre a missão ao entregar a mercadoria a Don Julian Alvarado, líder rebelde megalomaníaco contra as forças espanholas. No entanto, ao regressar, descobre que a Espanha reatara a aliança com a Inglaterra, tornando-se automaticamente inimigos de Julian e dos seus seguidores. Hornblower e os seus homens ainda são forçados a aceitar como passageira a bela Lady Bárbara Wellesley (Virginia Mayo), irmã do Duque de Wellington, que tenta fugir de um epidemia de febre amarela.
Hoje os livros de  Patrick O'Brian sobre a vida marítima durante as guerras napoleónicas são imensamente populares, mas são inspirados numa série de livros de  C.S. Forester,  sobre o Capitão Horatio Hornblower, que também tinham semelhante afecto na altura. Com um número tão amplo de leitores, e com um grande reconhecimento, era inevitável que os livros de Forester fossem adaptados para o grande ecrã, e com a ajuda do próprio escritor. O resultado seria este "Captain Horatio Hornblower", que embora fosse um filme que não poupava em perseguições e duelos, era um "swashbuckler" com qualidade acima da média, e quem melhor para protagonizar do que Gregory Peck? Errol Flynn tinha sido pensado para protagonizar originalmente, mas a sua relação com Walsh tinha-se degradado.
Gregory Peck sentiu-se atraído para o papel, porque ele não era o herói habitual: "I thought Hornblower was an interesting character. I never believe in heroes who are unmitigated and unadulterated heroes, who never know the meaning of fear." A maior parte do elenco de apoio era inglês, resultado da Warner querer filmar em Inglaterra, em parte porque a produtora tinha dinheiro nesse país que não podia exportar, e assim era um modo de gastá-lo. As sequência filmadas no mar já foram filmadas no sul de França, usando navios que foram encontrados num porto em grande estado de degradação e depois recuperados. Christopher Lee aparece como um capitão espanhol, num papel mais secundário.

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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Na Sombra e no Silêncio (To Kill a Mockingbird) 1962

Atticus Finch (Gregory Peck) é um advogado na cidade de Alabama dos anos 30, uma cidade racialmente dividida. Ele concorda em defender um jovem negro acusado de violar uma mulher branca. Muitas das pessoas da cidade tentam fazê-lo desistir, mas ele decide continuar. Será o jovem culpado da violação? Se ele for inocente será que vai alterar a tensão que se vive na cidade?
Baseado no romance vencedor do Pullitzer de Harper Lee, com o mesmo nome. A forma como o filme é rodado, e a sua velocidade, mantém um espírito muito fiel ao livro original, o que ajuda bastante a entender a sua trama episódica.
"To Kill a Mockingbird" é uma excelente produção de estúdio, do produtor Alan J. Pakula, e realizada por Robert Mulligan. Um filme de grande entretimento, que passou pelo tempo e continua a inspirar muitos homens e mulheres. O filme é contado pelos olhos da jovem escuteira de 6 anos, filha do advogado Finch. A jovem é interpretada pela actriz Mary Badham, na sua estreia cinematográfica, que lhe valeria uma nomeação para o Óscar, que acabaria por ser vencido por outra actriz prodígio: Patty Duke em "The Miracle Worker". Na altura, Badham era a mais jovem actriz nomeada para Melhor Actriz Secundária.
Quando o julgamento começa é suposto ser um caso rápido. A mulher em questão, Mayella Ewell, ainda tem sinais de espancamento à vista. O seu pai é um dos homens mais racistas da cidade, e quer sangue. Atticus, inteligentemente estabelece que Tom Robinson nunca pôde ter batido na mulher. Tudo o que ele pode ser acusado, é de ter estado no sitio errado, no momento errado, e que provavelmente foi outra pessoa que o espancou.
O julgamento é uma coisa grande na cidade, e toda a gente está lá para ver. Isto inclui os negros da cidade, que estão segregados a uma varanda no primeiro andar, com vista para o piso principal onde os brancos se podem sentar. Muitos anos depois, no filme "Pleasantville", há uma homenagem a esta situação.
"To Kill a Mockingbird" recebeu oito nomeações para os Óscares, tendo vencido três. Foi o único da carreira de Gregory Peck, naquele que é considerado por muitos como o melhor papel da sua carreira.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Amigos Até ao Fim (Billy Two Hats) 1974



Um "buddy western" que contava com Gregory Peck no papel de um velho escocês chamado Deans, e Desi Arnaz Jr. no personagem do título, como um mestiço. Os dois são assaltantes de bancos, perseguidos por um Xerife (Jack Warden) que não consegue perceber a amizade destes dois, principalmente porque é um solitário e um racista.
"Billy Two Hats" foi o primeiro western americano a ser filmado em Israel. Realizado por Ted Kotcheff, o filme era produzido por outro canadiano, Norman Jewison, que na altura contava já com um considerável número de êxitos, como "In the Heat of the Night" (1967) ou "Fiddler on the Roof" (1971). Com o envolvimento de Jewison, não seria de estranhar que o filme tivesse foco nas questões sociais - neste caso as relações raciais, já que um dos protagonistas era meio índio. Por isso mesmo, era um western um pouco estranho, mesmo tendo em conta que o filme fosse de 1974, e já houvesse uma maior liberdade de movimentos no cinema americano. Temos dois protagonistas a interpretarem papéis de etnias diferentes da sua. 
Se Gregory Peck era uma velha estrela em declínio, tal como o género aqui retratado, o western, Desi Arnaz Jr tinha apenas 20 anos quando aqui apareceu como protagonista. Era filho da actriz Lucille Ball e do actor e músico cubano Desi Arnaz.A sua carreira como actor nunca foi muito mais longe do que algumas séries de televisão ou telefilmes, por isso mesmo este papel de protagonista era um caso raro. Já Jack Warden aparece muito bem no papel do solitário xerife, movido muito mais pelo ódio do que pela vontade de fazer cumprir a lei.
O argumento acaba por se tornar secundário, perdendo para o simbolismo e a mensagem, que pareceram pretensiosos e arrogantes para o período em que foi feito.  

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Miragem (Mirage) 1965



As coisas estão muito confusas para David Stillwell quando uma falha na sua memória parece coincidir com um corte de energia num grande edifício. De repente, consciente de que tem vivido nos últimos dois anos numa névoa mental, sem amigos ou um conhecimento concreto do seu trabalho, Stillwell contrata um detetive particular para descobrir o que lhe aconteceu. Gregory Peck é o protagonista em Mirage, um filme sinuoso do suspense da década 60 pelo realizador Edward Dmytryk, que também é interpretado por Diane Baker e Walter Matthau. 
Stillwell de súbito desperta e torna-se ainda mais confuso por todos aqueles ao seu redor, muitos dos quais parecem cumprimentá-lo como um amigo.A mais intrigante é Sheila (Baker), uma mulher com quem Stillwell pode ter partilhado um passado romântico. Sheila garante a Stillwell que ele só está vivo porque não se lembra do passado, e menciona que "o Major" quer alguma coisa dele. Depois de, sem êxito o tentaram levar ao Major, Stillwell contrata um detetive inexperiente Ted Caselle (Matthau) para encontrar algumas respostas.
A cena de abertura no escuro arranha-céu é excelente, e estabelece um clima de paranóia e confusão. Os rostos que aparecem da escuridão são análogas às memórias difusas voando de regresso para Stillwell. Um homem sem memória realmente está numa situação difícil. Stillwell tenta ver um psiquiatra, mas o médico está convencido de Stillwell está a tentar usá-lo para criar uma defesa criminal. Mas, Caselle é mais astuto do que parece à primeira vista, e vê um homem rejeitado em Stillwell.  
As voltas e reviravoltas de Mirage são brilhantes, pelo menos durante a primeira metade do filme. O realizador Edward Dmytryk usa cortes de cenas anteriores para enfatizar a confusão mental de Stillwell, que é agravada quando um homem que era suposto ser o seu chefe se atira de uma janela. Mirage é mais eficaz quando mantém o público tão confuso como Stillwell, e só vacila quando começa a acumular nas explicações complicadas na segunda metade. Quando a percepção e a realidade colidem, Mirage expõe vários buracos no enredo questionáveis ​​que travam o seu impacto ligeiramente. 

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sábado, 11 de maio de 2013

Dias de Glória (Days of Glory) 1944



Primeiro filme grande de Jacques Tourneur para a RKO Radio Pictures depois de terminar a trilogia dos filmes de baixo orçamento para a unidade de terror do produtor Val Lewton, no início dos anos 1940, era uma peça de propaganda de guerra atmosférica, para o qual o realizador pode ser visto a aplicar o mesmo talento para visuais marcantes tingidos de noir, que era o tom de muitos outros filmes do género do mesmo período. O filme é uma elegia cinematográfica ousada, dedicada à bravura e abnegação do povo russo, que assumiu a adesão das unidades partidárias rebeldes organizadas por forças militares de Stalin, em 1941, para combater o sucesso inicial da Operação Barbarossa. A intenção: interromper ou, eventualmente, repelir a invasão de Hitler à Rússia Soviética.  
A estratégia desenvolvida numa longa e brutal campanha de guerrilha, lutaram na frente oriental durante todo o resto da 2 ª Guerra Mundial, que apenas chegava ao fim quando o filme estava para ser lançado nos cinemas norte-americanos. Mesmo com o conflito ainda fresco nos corações e mentes, as complicações e ambiguidades morais da guerra são, no entanto explicitamente abordadas pela narrativa do filme - mesmo com um revestimento do glamour de Hollywood dos anos 40, e o sentimento romântico. Ao mesmo tempo, o Exército Vermelho é aqui retratado de forma inequívoca pela máquina de Hollywood como sendo constituido por lutadores da liberdade de coração valente para serem louvados como grandes heróis, e o pequeno grupo de aldeões rebeldes russos, que são o foco deste conto, fazem esta licitação de bom grado e entusiasticamente em defesa da sua pátria. Nos dias que correm, provavelmente estariamos mais inclinados para vê-los como vítimas comuns, fatalmente presos entre dois regimes totalitários igualmente brutais e opressivos, mas o oficial do Exército Vermelho encarregado de organizar o bando de guerrilheiros numa célula de combate underground eficaz, é aqui interpretado pelo belo actor de Hollywood Gregory Peck, no que foi também a sua estreia cinematográfica, e foi com a guerra ainda a decorrer que o filme entrou em produção em 1944, e a mensagem final era clara: só é um bom nazi, um nazi morto, e nenhum preço é demasiado alto para ser pago pela derrota de Hitler.
 O filme conseguiu arrecadar uma nomeação para o Óscar de Melhores Efeitos Especiais, que acabaria por perder em detrimento de "Thirty Seconds Over Tokyo", outro filme sobre a Segunda Guerra Mundial.

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sábado, 22 de dezembro de 2012

On the Beach (On the Beach) 1959



Os únicos sobreviventes de uma guerra nuclear estão residentes na Austrália e na tripulação de um submarino americano que estava submerso quando as bombas explodiram. Com apenas alguns meses de vida antes que a precipitação chegue ao último continente resistente, estes tentam lidar com as suas mortes inevitáveis. Moira Davidson (Ava Gardner), um alcoólica, inicia uma relação com o recém-viúvo comandante dos EUA, Dwight Towers (Gregory Peck), enquanto que o tenente-comandante Peter Holmes (Anthony Perkins) deve encontrar uma maneira da sua esposa aceitar o que está a acontecer, e o que isso vai significar para o bébé de ambos. O cientista Julian Osborne (Fred Astaire) entra em numa perigosa corrida nos seus últimos dias. Entretanto, Towers leva o seu submarino para Norte, com Osborne e Holmes a bordo, para investigar um sinal de rádio, e tentar descobrir se haverá um lugar no mundo que seja seguro, mas ninguém acreditaque haja hipóteses.
Ver "On the Beach" agora é uma experiência diferente do que vê-lo à 40 anos atrás. Naquela altura, uma guerra nuclear poderia ter ocorrido a qualquer momento. No entanto, a grande diferença não está na realidade política, mas na percepção. De alguma forma, ver este filme era uma um acto subversivo. Os Conservadores detestaram-no, e consideraram qualquer filme como este, como anti-americano. Os conservadores ainda nos anos 80 reinvidicavam que poderiam vencer uma guerra nuclear. Esta loucura culminou com o filme The Day After, feito para televisão, quando os comentadores da Direita e os políticos exigiram o mesmo tempo de antena para explicar que a guerra nuclear poderia ser aceitável se detivesse os malditos Russos.
"On the Beach" saiu no final dos anos 50 (quando se poderia esperar que uma reação conservadora fosse ainda mais extremista), e foi o primeiro filme anti-nuclear que não envolveu baratas gigantes ou mutantes. O factor tempo pode ter diminuído o seu poder, mas ainda é um lembrete convincente e sombrio do que poderia acontecer com apenas um toque num botão da estupidez humana, e essa é uma qualidade que temos em abundância.
O produtor/realizador Stanley Kramer (Inherit the Wind-1960 Judgment at Nuremberg-1961, Guess Who’s Coming to Dinner-1967) tinha razão em fazer este filme, como sempre tinha, e não estava preocupado com um retrato realista de um mundo pós-apocalíptico. Ele queria mostrar o melhor da humanidade, depois dos piores resultados. Então, o filme está cheio de homens dedicados, altruístas, santos. Eles têm problemas psicológicos, mas nada comportamental.

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