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sábado, 28 de março de 2015
Maciste no Inferno (Maciste all'inferno) 1962
Na Escócia do século 17 uma bruxa é queimada na fogueira, mas antes ainda consegue lançar uma maldição sobre toda a população. Um século depois, as mulheres estão misteriosamente a ser levadas ao suicídio, por ela. Não há problema - Maciste, o clone italiano de Hércules para para resolver o problema. Há uma pergunta que não vale a pena fazerem, porque não vão obter resposta, mas também não tem interesse relevante: o que faz Maciste na Escócia do século 17?
Um dos melhores filmes da série Maciste (nas versões dobradas costuma ter outros nomes, como Hércules, Samsão, Golias, Colossus, mas aqui tem o mesmo nome, apesar da versão postada ser a italiana), e é mais um filme que se passa no submudo do terror, apesar de não ter Mário Bava, e de ficar longe da qualidade de "Hercules in the Haunted World", mas o sobrenatural tem uma presença muito forte durante o filme, com os cenários do submundo a serem impressionantes.
Riccardo Freda, italiano nascido em Alexandria, filho de pais italianos, dirige. Primeiro foi escultor, depois crítico de arte, mudando para a realização nos anos 40, carreira que durou cerca de quatro décadas. Freda era outro especialista no terror gótico, já tínhamos visto por aqui que foi ele que iniciou o movimento do terror gótico italiano, com "I Vampiri". Machiste era interpretado pelo italiano Adriano Bellini, que adoptou o nome de Kirk Morris. Era comum nesta época actores italianos adotarem nomes ingleses, para conseguirem chegar mais facilmente a audiências internacionais. Morris, dado a sua fisionomia, praticamente só interpretou peplums, aparecendo na pele de Machiste por 6 vezes.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Raptus - O Diabólico Dr. Hichcock (L'orribile segreto del Dr. Hichcock) 1962
O ano é de 1885, e o necrófilo Dr. Hitchcock gosta de drogar a sua esposa para jogos sexuais funerários. Um dia, administra-lhe uma dose maior, e acidentalmente mata-a. Vários anos depois volta a casar, e regressa à sua antiga casa. Ao descobrir que a sua amada primeira esposa ainda está viva, mas prematuramente envelhecida, ele planeia usar o sangue sangue da sua nova esposa para rejuvenescê-la...
"Raptus", o título alternativo de " L'Orribile segreto del dottor Hichcock", de Riccardo Freda, é certamente um filme que vai atraír os seguidores do cinema virado para o macabro. Os visuais atmosféricos desta obra prima de Riccardo Freda, de alienação sexual e necrofilia, é um capítulo sem precedentes no campo da Idade de Ouro do Terror Italiano, que agarrou a indústria romana de 1956 a 1966.
Com várias referências para as influências literárias de Ann Radcliffe e o século 19, "L'Orribile segreto del dottor Hichcock", é um catálogo de repressões vitorianas, referentes ao desejo e à morte, ao casamento e à sepultura. O perverso comportamento do nosso herói, o Dr Bernard Hichcock (Robert Flemyng), resulta na criação de objectos-fetiche de desejo e morte, de cada uma das suas mulheres. O argumento retira inteiramente o Dr Hichcock das convenções morais, tal como os críticos surrealistas observam, sem racionalização narrativa das suas acções. A sequência do funeral no filme levou o crítico Raymond Durgnat a comentar sobre o quanto eficaz uma boa iluminação pode ser, capaz de dar a um filme de terror uma poesia visual única no cinema.
"L'Orribile segreto del dottor Hichcock" ficou completo em apenas 16 dias, em Abril de 1962. Freda, como famoso jogador, fez uma aposta de que poderia completar um filme de época em apenas 16 dias. A sexualidade submissa, e o misterioso subtexto foram em parte por causa do resultado de Freda em ler uma história de Ernesto Gastaldi, argumentando que não houve tempo em aprofundar as motivações dos personagens principais. O objecto de toda essa tensão sexual, é a raínha do gótico italiano, Barbara Steele. A sua reputação vem da série de filmes que ela representou na primeira metade da década de 60, quando Bava fez dela um ícone do fetichismo, em "La Maschera del Demonio"
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014
O Vampiro (I Vampiri) 1957
Paris é assolada por um assassino que rapta jovens mulheres, drena-as de todo o seu sangue, e as atira para o rio Sena.O intrépido repórter Pierre Lantin (Dario Michaelis) está determinado a desvendar esta onda de crimes, e descobrir o assassino que a imprensa apelidou de "o vampiro". Enquanto tenta desvendar o caso, Pierre é alvo do afecto da bela Giselle, sobrinha da duquesa Du Grand. Apesar de toda a beleza de Giselle, Lantin sente uma repulsa por ela. O que haverá de estranho nesta figura?
"I Vampiri" é um filme marcante na história do cinema, de várias formas: em primeiro lugar, é o filme que deu inicio ao cinema terror italiano moderno, bem como o inicio virtual da carreira de Mário Bava como realizador (era o director de fotografia, mas tomou conta da realização quando o realizador Riccardo Freda saíu). E é provavelmente, uma das poucas vezes (ou pelo menos, das primeiras), que um repórter de jornal questiona seriamente a ética da sua profissão.
A história de "I Vampiri" é terrivelmente prosaica para um filme de Bava: mas nas suas mãos, até mesmo o prosaico se torna uma maravilha expressionista. O filme é percorrido por imagens surpreendentes, incluindo a sequência do funeral, e o assassinato muito "noirish" do viciado em drogas.Também antecipa imagens que prenunciam o trabalho posterior de Bava (particularmente a sua obra-prima, "Black Sunday"), como a entrada escondida atrás da lareira, abrindo para um grande salão da Duquesa du Grand.
Bava também conseguiu criar alguns excelentes efeitos especiais, como a transformação de Giselle, que não foi apenas realizada sem computadores, como também foi feita sem cortes. A ausência de computadores produz um efeito muito realista, mas mesmo assim, "I Vampiri" não consegue alcançar a qualidade de alguns filmes posteriores de Bava, dentro deste ciclo de cinema de terror gótico.
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