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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Dogma (Dogma) 1999

Dois anjos, Bartleby e Loki, são expulsos do Paraíso por Deus. Acreditam que podem regressar ao céu se aproveitando de um dogma, participando numa certa comemoração que perdoa todos os pecados de quem passa pela porta da catedral de Nova Jersey. Só que isto pode ter uma terrível consequência: o fim da humanidade. Para evitar que a tragédia ocorra é montada uma equipe de combate aos anjos, formada por Bethany Sloane, um 13º apóstolo negro, dois profetas e uma Musa Inspiradora.
O quarto filme de Kevin Smith, de quem já vimos outros dois neste ciclo, é uma obra controversa e hilariante, em que o objectivo era fazer uma comédia que espiritualmente reafirmante sobre os rebeldes do catolicismo, uma proeza nada pequena, na verdade. E o facto de Smith se sair tão bem, com apenas alguns erros, é uma prova do seu talento e dedicação. Antes do filme começar Smith começa com uma declaração, para as pessoas não se ofenderem, porque afinal é apenas um filme. Ao lermos a defesa hilariante e honesta de Smith e do seu filme, ficamos logo cientes das coisas. 
Estreando no festival de Cannes de 1999, veio a passar por diversos festivais antes da estreia em sala. Tem alguns nomes bem conhecidos no elenco, como Matt Damon, Ben Afleck e Linda Fiorentino. Não falta a partcipação das personagens Silent Bob e Jay.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Os Malucos do Centro (Mallrats) 1995

Ao serem abandonados pelas suas namoradas no mesmo dia, Brodie e T.S. decidem ir ao centro comercial para se lamentarem. Até ao fim do dia encontram vários personagens excêntricos e armam um plano para reatar com as suas amadas.
O menos apreciado dos filmes de Kevin Smith, uma visão de comédia de adolescentes picante que foi ridicularizada pelo seu humor misterioso de fanboy, e falta geral de classe. Até o próprio Smith pediu desculpas, meio por brincadeira, pelo seu aparente erro. No entanto, este esforço estimulante, embora falhado, merece uma reavaliação nos dias de hoje.
Tal como o filme anterior, "Clerks", esta história de Smith sobre adolescentes preguiçosos recém abandonados a fazerem travessuras num centro comercial, tem uma premissa igualmente ténue, e contém o mesmo humor bruto, obcecado pela cultura pop. Agora apoiado por um estúdio grande, e com um orçamento bem maior, com critérios para atingir um público mais amplo. Os filmes de Smith eram mais sobre uma atitude do que outra coisa, e isso era bem visível aqui.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Clerks (Clerks) 1994

Acompanhamos um dia na vida de dois balconistas de lojas de conveniência, Dante e Randal. Eles incomodam os clientes, discutem filmes e jogam hóquei no telhado da loja.
Apesar de ser adorado por uma legião de seguidores, principalmente do sexo masculino e na casa dos vinte anos, o facto é que o filme de estreia de Kevin Smith não é uma boa primeira obra. Mas é um filme extremamente importante e crucial para definir as mudanças na indústria de Hollywood na década de 90 e o efeito da Geração X na estética e no gosto cinematográfico. Noutra altura "Clerks" poderia ter sido um filme de culto e depois desaparecer na obscuridade, mas em meados dos anos 90, com o rápido crescimento dos distribuidores, "Ckerks" estava perfeitaemente posicionado para se tornar ele próprio um marco.
Ao lado de "Slacker", que já falamos neste ciclo, "Clerks" é o filme da "generation X" em definitivo, que rejeita virtualmente tudo o que Hollywood clássica representava estética e narrativamente, sem estrelas, sem história, e certamente sem arte, pelo menos como essa palavra é convencionalmente entendida. Quando o conselho de classificação da MPAA deu ao filme a temida classificação de NC17, a justificativa foi a enxurrada incessante de linguagem vulgar e descrição de actos sexuais dos personagens, mas a verdadeira razão poderia ser porque a MPAA tinha medo que este filme pudesse influenciar as crianças negativamente.
Feito com um orçamento minúsculo, o filme seria premiado em Cannes, Deauville e Sundance.