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terça-feira, 2 de julho de 2019

A Noiva Cadáver (Corpse Bride) 2005

"A Noiva Cadáver", de Tim Burton carrega na tradição dark e romântica do mesmo realizador de "Eduardo Mãos de Tesoura" e "O Estranho Mundo de Jack". Passado numa vila europeia do século 19, esta longa-metragem de animação conta a história de Victor (dobrado por Johnny Depp), um jovem varrido para o submundo e casado com uma misteriosa Noiva Cadáver (dobrada por Helena Bonham Carter), enquanto que a sua verdadeira noiva, Victoria (dobrada por Emily Watson), aguarda por ele, sem esperanças, no mundo dos vivos. Entretanto, quando a vida na Terra dos Mortos revela ser um pouco mais colorida do que todos imaginavam, Victor aprende que não existe nada neste mundo - ou no próximo, que possa mantê-lo longe do seu único e verdadeiro amor. O filme é um conto de optimismo, romance e uma vida depois da morte bem...viva! E contada com o estilo clássico e inconfundível de Burton.
Foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação, que perdeu para "Wallace & Gromit: a Maldição do Coelhomem", que já vimos neste ciclo. 
Legendado em português.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Capítulo 3 - Comédia

Os Fantasmas Divertem-se (Beetlejuice) 1988
Um simpático casal, normal, Adam (Alec Baldwin) e Barbara Maitland (Geena Davis) desfrutam da sua enorme casa de campo quando morrem num acidente de carro e voltam como fantasmas. Um casal horrível, da grande cidade, Charles (Jeffrey Jones) e Delia Deetz (Catherine O'Hara), mudam-se para lá com a deprimida filha alolescente, Lydia (Winona Ryder) e procedem a uma violenta redecoração (com a ajuda do pretensioso Otho, interpretado por Glenn Shadix). Incapazes de assustar os novos inquilinos, Adam e Barbara desesperados chamam Beetlejuice, e arrependem-se imediatamente da sua decisão. Ele é uma criatura hiperativa, desagradável, vomitando piadas mais rápidas do que o filme pode aguentar, e é brilhantemente hilariante.
O segundo filme de Tim Burton é ainda mais impressionante visualmente do que a estreia em 1985, Pee-wee's Big Adventure, mesmo que a aparência geral aqui seja mais vulgar e avassaladora, que confia mais nos efeitos especiais e maquilhagem do que na criação de um "universo ". Mas também é um dos seus filmes mais engraçados, com Michael Keaton a ter uma performance brilhante. Ele interpreta o personagem-título, um "bio-exorcista", que aparentemente ajuda a eliminar "criaturas vivas traquinas", e mesmo só aparecendo durante poucos minutos na tela, domina o filme.

Selvagem e Perigosa (Something Wild) 1986
O executivo Charles Driggs (Jeff Daniels) conhece a sexy e maluca Lulu (Melanie Griffith) e aceita uma boleia até ao seu escritório. Mas ela leva-o numa viagem inesperada, compra-lhe roupas estranhas e apresenta-o como marido a parentes e amigos. Quando aparece Ray (Ray Liotta), o violento ex-marido de Lulu que a quer de volta, a confusão aumenta e eles têm de participar num assalto.
Realizado por Jonathan Demme, é uma reinvenção das Screwball Comedies dos anos 30, Demme um realizador que sempre recusou a definir a sua carreira, seja por assunto, estilo ou tema. Em cada filme apresentava uma nova faceta da sua personalidade e da sua arte cinematográfica. Estava já no seu oitavo filme, e a sua carreira só explodiria realmente sete anos depois com "O Silêncio dos Inocentes".
Something Wild" vale, e muito, sobretudo pelos actores. Em primeiro lugar pela química entre os dois protagonistas, Jeff Daniels e Melanie Griffith, super sexy e prestes a tornar-se num sex-symbol dos anos 80, em parte pela sua interpretação neste filme. Depois pela grande interpretação de Ray Liotta, o malvado ex-marido ciumento. O papel valeu-lhe uma nomeação para os Globos de Ouro, e proporcionar-lhe uma óptima carreira como secundário em Hollywood, com um destaque para o seu Henry Hill de "Goodfellas".

Uma Mulher de Sucesso (Working Girl) 1988
Tess McGill é uma mulher de origem humilde, que não é formada e nem sabe vestir-se corretamente, mas cheia de idéias, que vai trabalhar num escritório que lida com o mercado de acções, como secretária de uma conceituada executiva. Quando a sua chefe parte a perna ocupa o seu lugar e faz-se passar por uma executiva. Ao propôr uma inteligente jogada financeira, Tess recebe o apoio de Jack Trainer, um grande empresário. Os dois acabam por se apaixonar, mas há um problema, ele é o namorado da sua chefe.
Melanie Griffith de novo, dois anos depois de "Something Wild", e já com uma reputação diferente. Tudo neste filme joga a seu favor, desde a realização de Mike Nichols, um realizador bastante conceituado, aos seus actores coadjuvantes, nada mais do que Sigourney Weaver e Harrison Ford, ambos no auge da sua carreira. E depois um grande restante elenco: Alec Baldwin, Joan Cusack, Philip Bosco, Oliver Platt, Kevin Spacey, Olympia Dukakis...Um conjunto de factores que valeriam a Griffith a sua única única nomeação para os Óscares. Weaver e Cusack também foram nomeadas, mas o filme só ganharia o Óscar de melhor música (Carly Simon - "Let the River Run").
Seria um dos maiores sucessos comerciais de 1988, e também um dos melhores filmes desse ano.

Ultra Secreto (Top Secret) 1984
Ficamos a história de Nick Rivers (Val Kilmer), um cantor em franca ascensão nos Estados Unidos, que é convidado para cantar num festival na Alemanha, ao lado de muitos outros artistas do mundo. Só que, na verdade, este festival é nada mais do que um plano maléfico para o bombardeamento a submarinos inimigos, pelos malvados estrategistas alemães. Durante a viagem, ele acaba por se envolver com Hillary (Lucy Gutteridge), uma linda jovem da resistência, que o deixará ainda mais envolvido em toda esta confusão política.
Depois de "Aeroplano" (1980), esta era mais uma louca screwball comedy das mentes loucas de Jim Abrahams, David e Jerry Zucker, um trio que era conhecido como ZAZ, e que nos anos oitenta produziu ainda outro grande sucesso com "Aonde é que Pára a Policia", que originou ainda uma série. Tal como nos outros filmes deste trio, o objectivo é sempre parodiar alguma coisa, e aqui o alvo eram os filmes da Segunda Guerra Mundial, Musicais, e os filmes sobre os ídolos pop dos anos 50 (Elvis, sobretudo). O trio atirava-nos com tantas piadas que praticamente só conseguíamos rir de uma em cada cinco, porque enquanto estava a acontecer uma nova, ainda estávamos a rir da anterior. 
Seria também o filme de estreia de Val Kilmer, permanecendo como uma das suas melhores interpretações até hoje. Os ZAZ fizeram-no rodear de um elenco de estrelas que contava com nomes como, Peter Cushing, Jeremy Kemp, Michael Gough, Omar Sharif, entre outros.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas) 1993



Uma fantasia que nos conta a história de Jack Skellington, o cabeça de abóbora, rei de Halloween Town. Jack está um bocado aborrecido com o que se tornou um trabalho redundante de coordenar os sustos de Halloween todos os anos, e ambiciona algo melhor. Uma caminhada leva-o até Christmas Town, que lhe dá uma idéia genial, ele deseja desesperadamente ser o rei deste feriado, mas este já tem um dono, o Pai Natal. Com a ajuda de alguns dos seus amigos mais macabros, o Pai Natal é raptado, e Jack toma as rédeas deste novo lugar...
Sem dúvida, que o aspecto mais forte de "The Nightmare Before Christmas" vem da sua arte, animação e do design de produção. Os visuais são impressionantes, a profundidade do detalhe é bastante rica, e os personagens são bastante realistas nos seus movimentos. O design da arquitetura e os cenários mostram que existe um coração a bater debaixo de cada frame do filme. Apesar do filme estar ligado a Tim Burton, este não o dirigiu, mas não há dúvida que toda a parte visual teve a sua influência, e a inclusão do seu colaborador musical desde há muito, Danny Elfman, mostra que eles são um encontro no céu quando se trata de virar a mesma página artística.
"The Nightmare Before Christmas" é um filme perfeito, tanto para o dia das Bruxas, como para o Natal, e as crianças provavelmente vão adorar, desde que não sejam tão jovens que se assustem com fantasmas ou cabeças cortadas, ainda que em desenhos animados. A música flui, para dentro e para fora da narrativa, de tal forma que é praticamente perfeita. Desde o início que estava destinado a ser um clássico destas quadras festivas que retrata. Já passaram 20 anos.
Foi escolhido pelo Nuno Fonseca.

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Os Fantasmas Divertem-se (Beetlejuice) 1988



O segundo filme de Tim Burton é ainda mais impressionante visualmente do que a estreia em 1985,  Pee-wee's Big Adventure, mesmo que a aparência geral aqui seja mais vulgar e avassaladora, que confia mais nos efeitos especiais e maquilhagem do que na criação de um "universo ". Mas também é um dos seus filmes mais engraçados, com Michael Keaton a ter uma performance brilhante. Ele interpreta o personagem-título, um "bio-exorcista", que aparentemente ajuda a eliminar "criaturas vivas traquinas", e mesmo só aparecendo durante poucos minutos na tela, domina o filme.  
Um simpático casal, normal, Adam (Alec Baldwin) e Barbara Maitland (Geena Davis) desfrutam da sua enorme casa de campo quando morrem num acidente de carro e voltam como fantasmas. Um casal horrível, da grande cidade, Charles (Jeffrey Jones) e Delia Deetz (Catherine O'Hara), mudam-se para lá com a deprimida filha alolescente, Lydia (Winona Ryder) e procedem a uma violenta redecoração (com a ajuda do pretensioso Otho, interpretado por Glenn Shadix). Incapazes de assustar os novos inquilinos, Adam e Barbara desesperados chamam Beetlejuice, e arrependem-se imediatamente da sua decisão. Ele é uma criatura hiperativa, desagradável, vomitando piadas mais rápidas do que o filme pode aguentar, e é brilhantemente hilariante. (Mesmo depois de vermos o filme uma dúzia de vezes, continua a fazer-nos rir). Burton depende fortemente dos cenários bizarros e decorativos, chocando a normal casa de campo com um modelo grotesco (e horrível, com esculturas demoníacas de Delia). O filme começa com um daqueles travellings de helicóptero, da pequena cidade e dos seus campos verdes e pequenos prédios, mas a certa altura, seguimos para uma imagem em miniatura do modelo do sótão de Adam, da mesma cidade. É uma forma de introduzir a irrealidade da situação de Burton, e de anunciar que nenhuma regra deve ser seguida. Curiosamente, Keaton entrou num filme sério sobre o abuso de drogas, "Clean and Sober", e recebeu um prémio bem merecido da National Society of Film Critics, pelos dois filmes.

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