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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Tex, o Pistoleiro (Tex e il Signore Degli Abissi) 1985

"Desde 1987 que sou fã e coleccionador de TEX, banda desenhada italiana (fumetti) da autoria de Giovanni Luigi Bonelli. Deste modo, é óbvio que a passagem ao cinema do personagem era algo que não podia perder. Pessoalmente, este western-spaghetti, apesar de já ter sido produzido numa fase tardia (1985), é provavelmente o meu filme favorito do género. Para isso muito contribuiu o protagonista do filme, o actor Giuliano Gemma, que detém um lugar no topo das minhas preferências. O filme é uma adaptação fiel (note-se os diálogos e as roupas dos personagens, por exemplo) dos números 40, 41 e 42 de TEX (Editora Vecchi), no qual os rangers Tex Willer e Kit Carson, acompanhados pelo seu amigo índio navajo Jack Tigre, são destacados para investigar um carregamento de armas que foi roubado na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
A aventura leva-os a diversos perigos, a tiroteios com renegados mexicanos e a uma tribo de índios fanáticos que possuem uma arma terrível e sobrenatural que consegue transformar os cadáveres das suas vítimas em pedra! Algumas das personagens principais da BD estão presentes no filme (Tex, Carson, Tigre, El Morisco e o seu criado Eusébio) e quem gosta de acção, aventuras, explosões, tiroteios e alguns elementos sobrenaturais irá gostar deste filme de Duccio Tessari. O elenco, à excepção de Giuliano Gemma (Tex Willer) e William Berger (Kit Carson), que são presenças habituais em muitos westerns-spaghetti, é composto por ilustres desconhecidos tais como Carlo Mucari, Isabel Russinova, Flavio Bucci e Peter Berling. G.L. Bonelli tem um breve papel como feiticeiro e narrador da história. 
A ideia inicial deste filme era servir de episódio piloto que daria origem a uma série televisiva de TEX na televisão italiana (RAI) mas devido ao fraco sucesso nas bilheteiras o projecto foi cancelado. Este Tex, o Pistoleiro foi-me dado a conhecer em formato VHS no Clube de Vídeo Trinitá de Portalegre, e segundo consegui apurar, apenas há edições DVD oficiais na Itália e na Alemanha. Eu adquiri a versão italiana, que não tem extras e está apresentado no formato 4:3. Em suma, são cerca de 100 minutos de bom entretenimento, a um ritmo rápido e com um Giuliano Gemma em bom plano, que mostra em algumas sequências as suas habilidades de ginasta, além do manejo das armas de fogo."
Filme escolhido pelo Emanuel Neto, com o seu texto a ser retirado daqui

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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Uma Pistola para Ringo (Una pistola per Ringo) 1965

Numa cidade fronteiriça o famoso pistoleiro Ringo mata quatro pessoas em auto defesa, mas acaba por ser preso. Enquanto isso, um grupo de mexicanos atravessa a fronteira para assaltar o banco local. O seu líder é ferido na fuga quando tentam escapar, o que leva os bandidos a refugiarem-se numa quinta nas proximidades, fazendo dos seus ocupantes reféns. O xerife está relutante em tomar medidas, porque a sua noiva está entre os reféns. A única pessoa que agora os pode ajudar é Ringo, que é colocado em liberdade com o intuito de se infiltrar entre os reféns. 
O primeiro de dois filmes sobre a personagem de Ringo foi um dos westerns italianos de maior sucesso, feitos no rasto de "Por um Punhado de Dólares". Conta uma história semelhante, a de um estranho que intervém num conflito, mas a abordagem de Duccio Tessari é mais superficial que a personagem do homem sem nome de Eastwood. Ringo é um herói barbeado, bem vestido, e muito bem parecido, mas no bom estilo do western spaghetti, ele é letal com a arma. O seu lema é "Deus criou os homens todos iguais, mas o Colt fê-los diferentes". Este filme fez de uma estrela o actor Giuliano Gemma, um antigo duplo, assim como de Fernando Sancho, um dos actores espanhóis mais prolíficos de todos os tempos.  
Foi um filme muito importante para a indústria italiana ao demonstrar que os seus filmes podiam fazer sucesso sem uma estrela ameiricana de importação. Tessari queria Fernando Rey para o papel do aristocrata, mas quando este actor recusou, os co-produtores espanhois avançaram com o nome de Antonio Casas, um ex-jogador de futebol do Atlético Madrid. Não é um filme muito violento, mas a contagem de corpos é bastante elevada, e há pelo menos uma cena muito escandalosa com Sancho a executar peões mexicanos, que inspiraria Corbucci a fazer uma semelhante em Django.
O sucesso do filme levaria a uma sequela, "O Regresso de Ringo", feito pelo mesmo realizador, com praticamente os mesmos actores e filmado nos mesmos locais, mas com uma história bem diferente.

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