quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Robot Monster (Robot Monster) 1953



Ro-Man, um guerreiro avançado de uma raça extraterreste, matou quase toda a humanidade excepto oito sobreviventes assustados. Na sua caverna/quartel general recebeu ordens para terminar com os sobreviventes, sem demora, mas começa a ter dúvidas sobre a sua missão de destruição. Os humanos sobreviventes lutam para comunicar com a única esperança da Terra - um batalhão inteiro de soldados  numa estação espacial que os invasores desconhecem. Mas Ro-Man tem de encontrar e matar os últimos humanos da Terra, um por um.
No início dos anos 60, um muito jovem Joe Dante escreveu um artigo para a revista Famous Monsters Magazine chamado "Dante's Inferno". Era basicamente uma longa lista de alguns dos piores filmes de terror e sci fi até à data e era uma espécie de primeira lista para o género: o editor Forrest J. Ackerman era incrivelmente pouco crítico dos filmes que a sua revista falava. Muitos anos depois, as listas da moda são do tipo "50 piores filmes..." ,"os piores de sempre" .. agora com uma atitude muito mais condescendente. O único crime de muitos dos filmes listados por Dante era não se terem regido pelos padrões de Hollywood. Dante obviamente amava cada título incondicionalmente. O maior entre esta lista amaldiçoada era "Robot Monster", e como muitos dos listados tornou-se uma obra de culto para as sessões da meia-noite, na TV.
É uma história ambiciosa. Há mais ação e espetáculo aqui, do que em "A Guerra dos Mundos". Estações espaciais. Não um, mas dois temíveis invasores do espaço, cada uma ameaça robótica altamente avançada.  E ainda, a ameaça de outro raio que distorce o espaço-tempo contínuo, causando interrupções temporais na forma de visões alucinatórias desde os tempos pré-históricos à destruição da civilização.
Quando o orçamento não chegou para comprar um fato de robot, alguém teve a idéia de fechar George Barrows num fato de gorila acrescentando um capacete de mergulho na cabeça. Isto, obviamente, tornou-se numa visão quase que instantaneamente hilariante ...um monstro para o qual a única reacção sensata seria: "Isto não pode estar a acontecer".Acerca do diálogo, nada pode ser dito que não tenha sido comentado na internet. Uma simples pesquisa  trará vários artigos que detalham cada pedaço estranho da história, e cada linha de diálogo absurda. Ro-Man o invasor, gesticula com os braços negros e peludos de punhos cerrados para a câmera. Um dos seus melhores discursos soa como parafrasear Shakespeare, ou Phil Tucker, o realizador, tinha uma habilidade fantástica para o surreal. Ro-Man passa por uma crise de identidade agonizante. "Eu não posso, mas eu tenho de fazer", lamenta ele. Mas ele também é muito único entre os monstros do cinema. Quando Ro-Man clama ao céu, em busca da justiça da sua existência , ele não é apenas um modesto monstro a expressar a sua raiva. Ele representa todos os monstros incompreendidos, os odiados, caçados e exageradamente temidos. Talvez por isso esta seja uma personagem tão amada.

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