domingo, 27 de outubro de 2013

O Homem do Planeta X (The Man from Planet X) 1951



Um estranho invasor pousa numa charneca escocesa numa cápsula espacial metálica, para a consternação dos cientistas locais, o Professor Elliot (Raymond Bond) e o Dr. Mears (William Schallert). O jornalista americano John Lawrence (Robert Clarke) apaixona-se pela filha de Elliot, Enid (Margaret Field), enquanto investigam o assunto. O visitante acaba por estar relacionado com a descoberta de um pequeno planeta chamado Planeta X, que vai passar muito perto da Terra. Uma vez capturado o alienígena, os nossos heróis esforçam-se para comunicar com ele. O ambicioso Mears tenta forçar o alien a contar segredos, mas o Homem do Planeta X responde à hostilidade Mears fugindo e fortificando o seu local de aterragem e tomando reféns, incluindo Enid, com uma arma de raios que transforma os homens em escravos. Só então é que se torna evidente que o alienígena veio como o primeiro representante de uma invasão maciça. 
Um dos primeiros lançamentos da United Artists depois da reorganização por Arthur Krim, The Man From Planeta X detém o status de ser o primeiro filme sobre um invasor do espaço. Em primeiro lugar é um filme de Edgar Ulmer. Os valores de produção são mínimos, mas com muita névoa e alguns restos de um castelo, os 71 minutos deste filme são um puro deleite. Metade do tempo do filme é passado em frente de cenários pintados ou dominado por miniaturas no nevoeiro, e é a pura habilidade na direção que mantém a comovente história.
Usando uma estrutura de flashback de sonho e uma narração portentosa, a história reúne as diversas partes, em tempo record - um herói agradável, a doce heroína, o vilão desagradável. O vilão, neste caso, não é o alien inicialmente benigno, mas o professor pérfido  interpretado por William Schallert. O nosso alien é um tipo misterioso com uma introdução bem preparada. O facto é que a sua nave espacial parece um enfeite de árvore de Natal e o seu fato espacial parece vir de uma coleção de acessórios de canalização, com um aquário como capacete.
O filme foi feito com um orçamento de 50.000 dólares, e embora tenha um ar de ter sido um filme barato, certamente que parece mais caro do que isso. Os pântanos escoceses que servem de pano de fundo para a acção são memoráveis, o nevoeiro misterioso mais ao filme a sensação de ser um filme de terror do que outros filmes de ficção científica daquela altura. A história é um pouco irregular, e nunca se constrói o suspense de que necessita, na segunda metade do filme, mas ainda assim é bastante interessante, e contém uma excelente interpretação de William Schallert como um cientista sem escrúpulos que decide usar o visitante para os seus próprios fins. Há também um pouco de ambiguidade quanto à motivação do alien, se estava planeando uma invasão, ou se foi a hostilidade do Dr. Mears que o levou a decidir por esse caminho? Margaret Fiel, a protagonista, é a mãe da actriz Sally Field.

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