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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Aguenta-te, Canalha! (Giù la Testa) 1971

No México, na altura da revolução, Juan, o líder de uma família de bandidos, conhece John Mallory, um expecialista em explosivos do IRA em fuga dos britânicos. Ao ver a habilidade de John com explosivos Juan decide convencê-los a juntar-se aos bandidos para um assalto ao banco de Mesa Verde. Entretanto John fez contacto com os revolucionários, e pretende usar a sua dinamite neste serviço. 
Muito possivelmente a menos apreciada das obras-primas de Sérgio Leone, "Giù la Testa" pode não ter a presença icónica de Clint Eastwood, mas tem um argumento inteligentemente escrito e um realizador no pico dos seus poderes. É uma espécie de comédia, apesar do tratamento sério da guerra contra a opressão, com fortes comentários sobre como o poder elitista usava as classes mais baixas sem instrução, para cumprir as ordens enquanto continuam a recolher recompensas dos seus esforços. Enquanto muitos espectadores vai apreciar muito mais a comédia e a acção, é realmente a compaixão de Leone para com as lutas de classe que elevam este filme a um dos melhores westerns spaghetti de sempre.
O filme não se esforça para ter muita precisão histórica, mas permanece vital como uma alegoria interessante celebrando as virtudes do homem comum e os vícios dos poderosos e ricos. Em muitos aspectos, é um filme de tendências esquerdistas, não muito diferente de muitos que eram populares naquela época, mas não é um comentário a nenhum evento em particular, mas sim a uma ideologia. Embora não seja o clássico do género como outros filmes de Leone, a sua complexidade faz com que mereça a pena uma visualização.
Filme escolhido pelo Marco Santos.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Queda de um Corpo (The Harder they Fall) 1956



Humphrey Bogart interpreta no papel de Eddie Willis, um antigo comentador desportivo que junta forças com um corrupto promotor de boxe chamado Benko (Rod Steiger).Juntos, preparam um plano para enganar Toro Moreno (Mike Lane), um boxeur gigante pobre de espírito com mais de dois metros de altura. Através de uma série de combates forjados preparados cuidadosamente, Toro é levado a acreditar que é um sério candidato ao título...
Este seria último filme de Bogart, onde ele tem um desempenho contundente e fantástico no papel de um jornalista desportivo. Adaptado de um romance de Budd Schulberg com um argumento clínico de Philip Yordan e realizado por Mark Robson, era uma  mistura corajosa entre melodrama e thriller. O filme é baseado na carreira do boxeur Primo Carnera, um gigante italiano que se tornou campeão de pesos pesados em 1933-34. O verdadeiro Carnera processou a Columbia Pictures pelas supostas combinações de resultados retratadas no filme, mas acabou por perder em tribunal. "The Harder They Fall" serve como uma exposição do controle da Máfia sobre o mundo do boxe.
Filme bastante corajoso e potente para a época, o realizador Mark Robson entrega-nos algumas sequências brutais de combate, e até certo ponto mostra-nos um "documentário" realista sobre um lutador cujo corpo já foi tão torturado que já nem está em condições de começar um trabalho real.
Conseguiu uma nomeação ao Óscar de melhor fotografia (Burnett Guffey), e fez parte da selecção oficial para Cannes, em 1956. Estreado em Abril de 1956, Bogart viria a falecer no ínicio do ano seguinte, com 57 anos.

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sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Dia Mais Longo (The Longest Day) 1962



Junho de 1944. As forças Aliadas, combinando militares dos Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e França, preparam uma invasão em massa da França. Os alemães preparam a defesa do ataque, sem saber exactamente de onde ele virá, e a resistência francesa na Normandia, descobre alguns problemas atrás das linhas inimigas.
Com um elenco cheio de estrelas com nomes bastante familiares, quer sejamos fãs do cinema mainstream de Hollywood, ou do cinema trash europeu. Tal como a maioria dos épicos do período, o filme foca-se nos generais e presta pouca atenção aos soldados em campo. Durante a noite de 5 de Junho, a resistência francesa (liderada pela bela Irina Demick e Maurice Poli) faz explodir comboios, e corta as comunicações dos alemães. O elenco varia de veteranos como Henry Fonda, Richard Burton, Rod Steiger, Robert Ryan, e John Wayne, a novatos, como era na altura Sean Connery. Se olharmos atentamente podemos descobrir George Segal a subir um penhasco. Até mesmo a futura estrela de "Family Feud", Richard Dawson tem um pequeno papel.
O filme é um trabalho para a Fox, do produtor tornado independente Darryl F. Zanuck, e é  baseado no livro de Cornelius Ryan, do mesmo nome, e contava a invasão da Normandia em grande detalhe, graças a muitas histórias contadas por homens que estiveram lá. O filme de Zanuck mantém esse espírito, fazendo uma releitura desse dia famoso, não apenas tão detalhadamente para satisfazer qualquer pessoa que queira saber sobre história, mas também criando um grande envolvimento na trama. Ficamos a saber todos os factos e números, nomes e horários, mas também ficamos com uma visão mais pessoal.
Para ajudar a construir este filme episódico, Zanuck contratou três diferentes realizadores. Ken Annakin dirigiu os episódios Britânicos, Andrew Marton cobriu os americanos, enquanto Bernhard Wicki filmou as sequências alemãs, não só dando-lhe uma elevada dose de realismo, (os nazis aqui falam alemão, e não em inglês como em dezenas de outros filmes da Segunda Guerra Mundial), mas também dando uma visão audaciosa dos inimigos, que são vistos como pessoas reais. Este é um rico e detalhado retrato do Dia D, que se recusa a ver apenas um dos lados da história em termos genéricos.
Apesar de um elenco de tantas estrelas, e a colaboração de três realizadores, este é inquestionavelmente um filme de Zanuck. É o tipo de épico que é produzido, e não dirigido. A coordenação deste tipo de produção, rivaliza com a do próprio Dia D, e foi a visão singular de Zanuck que levou o filme a bom porto. O próprio Zanuck orgulha-se em dizer que dirigiu algumas cenas no filme, então quando ele é referido como “Darryl F. Zanuck’s The Longest Day,” não é uma questão de ego, são créditos merecidos pois é o coroamento de uma carreira lendária no cinema.

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