sábado, 26 de outubro de 2013

A Conquista da Lua (Destination Moon) 1950



Depois de uma tentativa de construir um foguete para o espaço falhar, caíndo e explodindo logo depois da descolagem, o industrial Jim Barnes (John Archer) é abordado para levantar o projeto do chão. Tem-se falado em sabotagem, mas as autoridades não admitem em público, e todos os envolvidos no projeto estão conscientes de que têm rivais. Portanto, há agora uma corrida para chegar à Lua, e Archer é visto como o homem certo para angariar apoio entre os seus colegas empresários para financiar este próximo grande esforço para colocar os Estados Unidos na vanguarda do espírito pioneiro.
Destination Moon pode não ter bom aspecto nos dias de hoje , mas é um dos filmes de ficção científica mais importantes já feitos. A partir deste início empolado e, francamente, um pouco chato, o género foi sendo retirado dos reinos da ópera espacial, do estilo Flash Gordon, e revelava-se uma máquina de fazer dinheiro a sério, dando o pontapé de saída não só para a vaga de filmes de ficção científica, a maioria de orçamento menor, que chegou nos anos cinquenta, mas também para os seus descendentes blockbusters onde não haveria um bom verão sem um grande épico de ficção científica nas salas de cinema. Destination Moon foi um dos grandes sucessos deste ano no cinema. 
Claro, tudo isto que eu escrevi é muito mais emocionante do que realmente ver o filme, mas continua a ser interessante por uma variedade de razões, principalmente porque a paranóia que veio desta estirpe de filmes começou aqui. Os personagens não estão preocupados com aliens invasores, mas sim, muito mais preocupados que as outras potências estrangeiras superem os EUA, chegando primeiro à lua. A União Soviética nunca é falada durante o filme, mas podemos considerar que são eles que são referidos como rivais, resumindo os problemas políticos do cenário mundial da próxima década e além dela.
Um dos gigantes da ficção científica, Robert A. Heinlein, viu o seu trabalho ser adaptado para a gande tela, assistido no argumento por Rip Van Ronkel e James O'Hanlon. Isto, aliado ao facto de que era uma produção de George Pal. Depois de dirigir, produzir e fotografar inúmeras curtas em Puppetoon durante os anos trinta e quarenta, George Pal mudou-se para as grandes metragens e colaborou em 1950 com o realizador Irving Pichel no filme The Great Rupert, e neste épico Destination Moon, amplamente considerado como o 2001: Uma Odisseia no Espaço do seu tempo. 
Ganhou o Óscar de Melhores Efeitos Especiais, batendo "Sansão e Dalila", de Cecil B. DeMille.

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