quinta-feira, 9 de maio de 2013

Viy (Viy) 1967



Viy narra a história de um jovem do clero num curto período de licença de férias do seminário. Junto com dois amigos, Khoma encontra abrigo numa quinta, onde mora uma velha. Naquela noite, a velha mulher que afinal era uma bruxa, leva Khoma para um passeio na sua vassoura. Khoma, de modo nenhum satisfeito com a bruxa, espanca-a e foge. Enquanto bate na velha bruxa esta transforma-se numa bela jovem. Depois de regressar ao seminário, Khoma é convocado para recitar as últimas orações a uma jovem mulher que o chamou especificamente a ele, antes de dar o seu último suspiro. Sim, adivinharam, a mesma jovem da noite anterior. Durante três noites Khoma está trancado num quarto com a jovem, e enquanto ele reza, coisas estranhas começam a acontecer. A cada noite, as coisas ficam cada vez piores, até que, finalmente, Viy é convocado.
Viy é uma história que foi escrita no século XVIII por Nikolay Gogol, e o conto é atemporal. É um conto de fadas, de pesadelo, e esta versão do filme é uma exploração de todo o  ambiente inerte à sua história. O russo Alexander Ptushko é conhecido pelos seus efeitos especiais, que têm um charme adequadamente low-tech neste conto popular. As imagens parecem ilustrações de livros infantis de animação, e enquanto elas não são aqui particularmente inovadoras como cinema, funcionam muito bem. Ptushko compartilha os créditos do argumento com Konstantin Ershov e Giorgi Kropachyov, que também são os realizadores. 
Ao contrário de Mario Bava, que, basicamente, usou o gancho em "Viy" no seu clássico trabalho gótico Black Sunday / La Maschera del demonio (1960), ao conto de Nikolai Gogol foi dada uma adaptação mais fiel nesta produção russa , com os realizadores praticamente a aderirem à história original e às suas personagens, com resultados muito diferentes.
Este foi o primeiro filme de terror russo feito até hoje, uma obra totalmente perdida no tempo, que merece ser recordada.

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