terça-feira, 7 de maio de 2013
Blood and Black Lace (Sei Donne Per l'Assassino) 1964
"Blood and Black Lace", de Mario Bava é um dos primeiros exemplos do sub-género italiano conhecido como "giallo", bem como um dos primeiros filmes slashers. Tem lugar numa boutique da moda, propriedade de Cristina (Eva Bartok) e Max (Cameron Mitchell), esta fachada de grande glamour cobre uma série de pecados, incluindo drogas, traições e abortos. Alguém começa a assassinar as modelos femininas, uma por uma, enquanto que toda a gente tenta colocar as mãos num diário secreto, todos podem ser culpados, e por isso não é fácil de encontrar o assassino.
Bava nunca foi conhecido pela força das suas histórias - o que pode ser a única razão pela qual ele não é mais reconhecido e apreciado hoje - mas Blood and Black Lace é realmente uma das suas narrativas mais fortes, uma história de mistério obscura, com uma vingança memorável.
É uma das obras mais bem-sucedidas de Bava, executada com um uso deslumbrante, sem precedentes de cores brilhantes e sombras profundas (por vezes, ambas ao mesmo tempo). O assassino usa uma muito assustadora máscara sem rosto, parecida com os manequins, que estão constantemente em exposição, o que dá a toda a produção uma qualidade estranha, que só é quebrada quando os personagens são assassinados.
A violência é surpreendentemente brutal para o seu tempo, e ainda tem o poder de choque, especialmente tendo em conta a beleza estóica do resto do filme. Herschell Gordon Lewis tinha feito o infâme "Blood Feast" no ano anterior, mas a sua explosão de sangue não tem o mesmo poder que este trabalho mais pictórico. Bava estava muito à frente no tempo, e voltaria a visitar este género sete anos depois com "Bay of Blood", mais um marco no género.
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