domingo, 19 de maio de 2013

Judou (Ju Dou) 1990


Na China dos anos 20, um dono de uma tinturaria casa-se com uma jovem mulher, Ju Dou, na esperança que esta lhe dê um herdeiro. Consta que ele já matou anteriores esposas por não lhe conseguirem o tão desejado filho e efectivamente é brutual com Ju Dou, espancado-a e torturando-a.
A beleza de Ju Dou atrai Yang Tiang-qing, sobrinho do negociante mas criado desde a infância como filho. Esta atracção acaba por ser mútua e Ju Dou vê nele um escape à sua vida clasutrofóbica e encontram-se secretamente. Quando Ju Dou engravida, dá grande alegria ao velho negociante mas Yang Tiang-qing sabe que é seu filho e isso tortura-o. Mas um acidente irá permitir que a verdade sobre a sua relação seja revelada, no entanto parece que sobre o filho de ambos paira algo perturbador.
 

Esta é a história do homem estável que quer a princesa que é mantida por um homem louco. Na verdade, a história expõe como o homem estável fica com a princesa e como as coisas podem ficar muito complicadas para o seu lado. O processo de Technicolor usado por Yimou é bastante evidente na demonstração da sua influência dos grandes melodramas da década de 1950, Douglas Sirk mais notavelmente. A história tem um senso de melodrama clássico e também um toque de tragédia grega. Zhang Yimou, é de facto um grande realizador chinês, mas tem uma profunda influência norte-americana nos seus filmes e o conhecimento de filmes clássicos é bastante impressionante. Ele gosta de justapor uma trama num contexto chinês. Assim como nos seus outros filmes, Ju Dou é uma obra muito bonita de se ver, e as roupas coloridas dão cores vibrantes para o uso, já bem feito, do Technicolor.
Não é o filme asiático mais famoso de todos os tempos, mas foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e está presente na lista das 1.000 maiores filmes de todos os tempos. E merece o seu lugar na lista.


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