sexta-feira, 21 de junho de 2013
Rápido Pussycat! Mata! Mata! (Faster, Pussycat! Kill! Kill!) 1965
Aqui está um realizador que fez cerca de 25 filmes independentes de sucesso, manteve o controle sobre todos os aspectos, desde a montagem à distribuição, e possui todos os negativos dos seus filmes. (Nunca será vista uma má cópia de um filme de Russ Meyer.)
Faster Pussycat! Kill! Kill! é a história de um trio de go-go dancers/motoristas de carros de corridas, como o cinema nunca viu, nem antes, nem depois. Tura Satana (que é declaradamente parte japonesa e parte Apache) é a líder, Haji é a italiana (com sotaque de Chico Marx) e Lori Williams é a loira. depois de uma corrida matam um jovem entusiasta dos carros (Ray Barlow) e raptam a namorada deste (a playmate Sue Bernard). Apanham a estrada, e descobrem uma quinta decadente, propriedade de um velho sinistro numa cadeira de rodas (Stuart Lancaster), que vive com um filho bruto chamado Vegetable (Dennis Busch), e outro filho aparentemente normal (Paul Trinka) . Parece que o velho tem uma fortuna escondida na quinta, e as nossas meninas metem mãos à obra para a descobrir.
Embora o filho normal e a jovem raptada saiam como os heróis, as simpatias de Meyer, estão com as três vilãs de serviço. Meyer é conhecido pela sua preferência por mulheres de seios grandes. E, de facto, todos os filmes de Meyer têm uma mulher com seios grandes no papel principal. Mas essas raparigas são más, e francamente demoníacas. Elas vivem para o prazer. Ao longo do filme, elas matam, dirigem depressa, raptam, banham-se (embora não haja uma franca nudez), seduzem os homens, embebedam-se e roubam.
Se Meyer não tem medo de chafurdar na escuridão e nos prazeres do mal, então ele também é hábil o suficiente para não nos manter lá por muito tempo. O ritmo é furioso (ele fez a sua própria montagem). A música, por Paul Sawtell e Bert Shefter, é alta, empoeirada, sensual, e repentina, mantendo-nos sempre ao corrente da história. A fotografia a preto-e-branco é muito rica (por Walter Schenk). Mas, o melhor de tudo, são os diálogos de Meyer (co-escritos com Jack Moran), com frases míticas como: "you really do have a yen for the long green, don't you?" e "We'd better make tracks." Estudantes de cinema fariam bem em estudar as obras de Meyer, uma vez que reconhecidos realizadores como Quentin Tarantino ou John Waters são reconhecidos fãs de Meyer.
Por alguma razão, este é um dos poucos filmes de Meyer que não explora muito a nudez feminina. Talvez ele tenha percebido que mostrando as actrizes nuas tiraria o seu poder e torná-las-ía objetos. Meyer queria nos manter com medo e temor delas, e a nudez teria negado isso.
Um puro filme de culto.
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