segunda-feira, 17 de junho de 2013

Quando o Rio Se Enfurece (Wild River) 1960



Um jovem administrador de terrenos para a TVA vem ao Tennessee rural para supervisionar a construção de uma represa no rio Mississippi. Ele encontra forte oposição da população local, e grande parte da história gira em torno do despejo de uma mulher idosa, da sua casa situada numa ilha do rio, e no caso de amor deste jovem com a neta daquela mulher.
Este poderoso drama histórico sobre o conflito entre a necessidade pública e a autonomia privada continua a ser um dos melhores filmes de Elia Kazan. A história começa com um noticiário real mostrando a devastação provocada aos pobres agricultores do Tennessee depois do rio Mississippi, mais uma vez inundar a área, estabelecendo, assim, a presença da TVA, onde trabalha Montgomery Clift, como um mal necessário - mas é impossível não tomar o lado, pelo menos parcialmente, da idosa Ella Garth (Van Fleet), cuja identidade está envolvida com a ilha que a sua família possuiu desde há anos. Embora seja claro que Garth, tenha de ser "convencida" a mudar-se, a história de como isso vai acontecer, permanece atraente até ao final. 
"Wild River" é mais memorável, no entanto, pelas suas interpretações notáveis ​​- principalmente por Jo Van Fleet (cuja caracterização merece um louvor) e a jovem Lee Remick, que nunca mais iria aparecer tão deslumbrante ou tão comovente. Este foi supostamente o filme preferido de Remick, de todos os filmes em que participou, e é fácil de perceber porquê: ela investe na personagem com uma vida de perdas e esperança, transformando o que é claramente um conveniente romance em algo com uma dimensão verossímil. Outros actores - incluindo o próprio Cliff  - também estão muito bem, mas são Van Fleet e Remick que realmente fazem este filme tão poderoso e de imperdível visualização.

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