sexta-feira, 29 de março de 2013
O Terceiro Homem (The Third Man) 1949
Um escritor americano desempregado, Holly Martins, chega a Viena, após a Segunda Guerra Mundial, a convite de um amigo da faculdade, Harry Lime. Imediatamente descobre que o seu amigo foi atropelado num acidente na estrada. Quando questiona as pessoas que testemunharam o acidente, Holly torna-se suspeito de encobrir algo. Um Major britânico informa-o que Lime era, na verdade, um conhecido mafioso e aconselha Holly a regressar para casa. O norte-americano recusa-se e fica determinado a descobrir a verdade sobre a morte do seu amigo...
O melhor e mais famoso exemplo dos filmes noir britânicos, "O Terceiro Homem", de Carol Reed, é um trabalho notável de cinema que facilmente merece o reconhecimento quase universal como uma obra-prima e um clássico. É muito difícil de definir porque é um filme tão grande. Da música evocativa de Anton Karas (agora instantaneamente reconhecida como "The Third Man theme") à fotografia de Robert Krasker, para não falar do argumento, realização interpretações, este é um tour de force para o cinema britânico.
O que provavelmente melhor define "The Third Man" é o cenário. O filme foi rodado inteiramente em exteriores nos restos devastados pela guerra, da cidade de Viena, uma cidade que foi literalmente dilacerada pela guerra - física e politicamente. Todos os que circulam pela cidade são de certa forma outsiders, de moralidade questionável, tornando este um cenário perfeito para um filme noir. O optimismo ingénuo do americano Holly Martins apenas enfatiza o fatalismo e o cinismo dos europeus.
A Viena de "O Terceiro Homem" tem um caráter perturbador. A cidade que parece tão sedutora e romântica durante o dia, torna-se um mundo sombrio e pertubador favorável ao crime durante a noite. Raramente no cinema os exteriores foram tão habilmente envolvidos no processo de um filme. O uso engenhoso de luz e sombra, com o uso frequente de ângulos de câmera inclinados, criam a ilusão de um submundo, talvez lembrado num pesadelo nebuloso.
"O Terceiro Homem" tem tantos grandes momentos que para qualquer fã do filme seria difícil recordá-los todos. No entanto, a entrada icónica de Orson Welles como Harry Lime, e, claro, a deslumbrante perseguição nos esgotos, destacam-se como sendo determinados momentos de genialidade pura.
En 1949 ganhou o primeiro prémio do Festival de Cannes, numa altura em que este prémio ainda não se chamava Palma de Ouro. Dois anos depois, ganharia o Óscar de Melhor Fotografia.
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