domingo, 10 de março de 2013
Duelo Entre Gigantes (Joko Invoca Dio... e Muori) 1968
O filme começa com uma cena terrífica. De cima, vemos um jovem em perigo, deitado na lama, lutando pela vida. Por um momento, parece que as pessoas estão a tentar dar-lhe alguma assistência atirando cordas na sua direção. Mas, então, como um choque, percebemos que os braços e as pernas estão amarradas a cavalos: e este homem está prestes a ser esquartejado! A brutalidade real não é mostrada, mas o grito do jovem a morrer, vai doer-nos até aos ossos.
Rocco é um ladrão de ouro, o seu amigo é dilacerado e ambos ficam sem o ouro, e assim ele parte para a vingança, para caçar os cinco bandidos que rasgaram o seu companheiro e fugiram com o produto do roubo. Mas há também um caçador de recompensas, que acaba por ser uma aquisição bastante estranha para esta história...
Antonio Margheriti foi um dos realizadores mais prolíficos da idade de ouro do cinema de género italiano. Ele fez peplum, ficção científica e filmes de ação, mas é mais conhecido pelos filmes de terror, como Danza Macabre (1963) e Lunghi eu Capelli della Morte (1964). Também fez um punhado de westerns, mas foram os seus dois westerns góticos que lhe garantiram um status de culto entre os fãs de spaghettis. Destes dois, "And God Said to Caim" é provavelmente o mais conhecido, mas este não lhe fica muito atrás.
"Duelo Entre Gigantes" não é um clássico, mas é um bom filme de vingança. É também um filme de vingança com um twist: o vingador é ele mesmo um dos bandidos que quer o seu dinheiro de volta, mesmo que não lhe tivesse sido roubado directamente. Ele e os amigos foram traídos depois de um assalto bem sucedido por uma quarta pessoa, um mexicano chamado Domingo que os vendeu para outro gang. Dois amigos morreram como resultado da traição, Nicky, um jovem acrobata, e Mendoza, o brilhante líder da quadrilha, apelidado de "O Professor", que tinha o roubo engenhosamente planeado. Rocco rastreia Domingo, que lhe dá três nomes, mas recusa-se a revelar o nome de uma quarta pessoa, "o homem em segundo plano". Enquanto persegue os assassinos dos amigos, é seguido por um misterioso homem de preto, que acaba por ser um agente de Pinkerton.
A história é um pouco mais pesada do que a maioria dos westerns de vingança. É-nos contada episodicamente, com Rocco a enfrentar os seus adversário um a um, e o elemento de "filme de detective" também é adicionado, mas a identidade do traidor é um pouco óbvia demais para o filme para ser eficaz nesse aspecto. Margheriti usa a sua experiência no género de terror para criar uma grande atmosfera gótica. A direcção só vacila durante o final prolongado, passado numa mina de enxofre. A sequência final não é má, mas leva por muito tempo e carece de um verdadeiro clímax. Mesmo Margheriti concentra-se mais na atmosfera em vez da acção, o filme é bastante violento.
Pena que o protagonista tenha sido um pouco mal escolhido. Richard Harrison não tem carisma suficiente para liderar um western desta envergadura.
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