sexta-feira, 8 de março de 2013

A Colina dos Sarilhos (La Collina Degli Stivali) 1969


A parte final da trilogia que Hill e Spencer fizeram com o realizador Giuseppe Colizzi, antes dos famosos filmes do Trinitá. Nenhum dos seus filmes tem dividido tanto os fãs do género como este. Muitos pensam que é um dos seus piores filmes, mesmo um dos piores Spaghetti Westerns de sempre, mas também existe um pequeno, mas dedicado culto, especialmente entre os fãs do realizador.
A cena de abertura é muito forte. Hill a ser perseguido por vários adversários fora de uma tenda de circo. Dentro da tenda, acrobatas realizam um número perigoso no trapézio. Transversais entre as duas acções, e um forte sentimento de ameaça é criado. Hill consegue escapar dos seus perseguidores por subir a um dos vagões do circo. Ferido, é ajudado pelas pessoas do circo, mas os seus perseguidores ainda estão no seu encalço e quando entram no circo, um dos jovens acrobatas é morto. Hill agora junta-se ao amigo da vítima (Woody Strode) e ao seu ex-amigo Hutch (Spencer) para enfrentar os criminosos, um grupo de pistoleiros  corruptos, liderados por um homem chamado Mel Fisher (Victor Buono), que corre com pessoas honestas das suas propriedades.
Ironicamente, esta cena de abertura não foi antecipada. Colizzi escreveu e produziu o filme, mas quando o realizador original, Romolo Guerrieri, foi despedido (por razões obscuras), ele assumiu a realização. Guerrieri tinha rodado a maioria das cenas dentro do circo e Colizzi achou que elas eram muito boas, mas não sabia onde inseri-las no filme, quando de repente teve a idéia de cruzá-las com outras cenas.
"A Colina dos Sarilhos" também carece de um bom vilão. O gordo e indolente Victor Buono pode ser um bom vilão para uma história do Batman, mas os westerns spaghettis precisam de um confronto no final, e quando Hill e Buono finalmente se encontram cara a cara, não acontece nada. Mas se Buono é uma desvantagem, Strode é um bom activo. O ator americano negro teve uma longa carreira no seu país natal, mas nesta altura era mais identificado com o seu trabalho no exterior, em primeiro lugar, claro, a cena de abertura de "Acoteceu no Oeste", de Sérgio Leone. É difícil de acreditar que tinha 55 anos quando fez este filme. Outra cara conhecida é o sempre confiável Lionel Stander, que também entrava no filme de Leone. Alguns consideram a banda-sonora de Carlo Rustichelli demasiado 'jazzy' para ser apropriada para uma banda-sonora de um western spaghetti, mas até que entra bem no filme. 

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