domingo, 17 de março de 2013

48 Horas (48 Hrs) 1982


Eddie Murphy tinha 21 anos quando terminou a segunda temporada de Saturday Night Live, e quando apareceu em "48 Hrs.", uma comédia de acção que passou por cerca de meia dúzia de iteracções antes de aterrar nas suas mãos. Desenvolvido por Lawrence Gordon e Joel Silver, o argumento de "48 Horas" passou pelas máquinas de escrever de pesos pesados ​​como Roger Spottiswoode e E. Steven de Souza, e teria sido revisto pelo realizador Walter Hill até ao momento em que este gritou "Acção!". O projecto também teve um número considerável de actores ligados, (incluindo Clint Eastwood e Richard Pryor), antes dos produtores contratarem Nick Nolte para o papel de um polícia bêbado e solitário de São Francisco, e Murphy como o condenado que Nolte concede dois dias de passe em troca de ajuda num caso. No entanto, com todo o talento por trás das cenas envolvidas, e todos os ajustes ao longo do caminho, "48 horas" acabou por ser o primeiro "Eddie Murphy film." Tal seria o impacto que Murphy tinha em 1982.
O filme em si pode ser dividido em "antes e depois de Murphy." Nos primeiros 20 minutos, 48 Horas é um filme policial duro, cheio de sexo, violência, e o tipo de detalhes sórdidos que se tornou a norma no Harry de Clint Eastwood. Nolte tenta capturar um condenado bastante violento, e decide questionar um dos antigos parceiros do bandido, que está atrás das grades. Temos então uma das mais memoráveis introduções da história do cinema: Murphy, sentado numa cela com os seus óculos escuros e fones nos ouvidos, a cantar a música dos The Police, "Roxanne". Há poucas piadas reais em "48 Horas". Murphy é engraçado todo o filme, o humor é principalmente um desdobramento natural da personalidade do seu personagem.
Porque "48 Horas" foi dirigido pelo especialista económico no género, Walter Hill, o filme move-se sem descanso, com apenas uma cena ou outra desperdiçada nos seus 96 minutos. E porque é um dos primeiros exemplos do buddy-movie policial, apresenta algumas cenas e elementos que mais tarde se tornaram cliché. Seria um filme de acção sólido, mesmo sem Murphy, ancorando Nolte, cuja personagem é tão despenteada e abrasiva que é constantemente ameaçado de prisão por policias que não percebem que ele é um deles. Com Nolte a atirar a Murphy constantes insultos raciais (alguns evidentes, outros subtis), "48 Horas" brinca com a questão de qual destes dois homens tem o poder do seu relacionamento: a figura de autoridade decadente, ou o bem-falante prisioneiro?

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