domingo, 19 de janeiro de 2014

Frontière(s) (Frontière(s)) 2007



Quando a extrema direita está prestes a tomar o poder, uma gang de jovens dos subúrbios comete um assalto e põem-se em fuga. Perseguidos pela polícia, fogem de carro para a fronteira com o Luxemburgo. Aqui, no meio de uma floresta, são recebidos pelos moradores de uma pousada isolada. Mas nem tudo é o que parece. Os moradores aparentemente tolerantes deste pequeno e acolhedor estabelecimento são, na realidade, canibais sádicos e neo-nazis.
A expressão "torture porn", foi utilizada ultimamente como uma forma para descrever filmes de terror que levam o seu conteúdo violento a novos extremos. Em "Frontiere(s)" há sangue suficiente para saciar até mesmo os cães mais vorazes que conseguirem encontrar. A verdadeira surpresa é que esta obra assustadora e contemporânea também tem algumas idéias, visuais e não só. Tal como outros filmes de língua francesa de terror do mesmo período ("Alta Tensão", "Calvaire"), este também tem uma dívida com o moderno filme de terror americano, e o original "Texas Chainsaw Massacre", entre muitos outros, embora "Frontier(s)", acrescenta um toque político divertidamente simplista a toda a sua carnificina.
Xavier Gens alega ter concebido o filme durante as eleições presidenciais francesas de 2002, quando o candidato da extrema direita Jean-Marie Le Pen foi uma forte surpresa nas urnas, mas é fácil perder o conceito de que "Frontiere(s)" é passado ligeiramente no futuro, sob um regime conservador repressivo. Mas a sugestão de que os vilões Von Gieslers encarnam uma cepa de racismo francês é clara: Eles desprezam Yas e os amigos porque eles não são de uma raça pura, e não os consideram melhores do que os porcos destinados à mesa do jantar.
Este era o filme de estreia de Xavier Gens, e tal como outros dos seus compatriotas do terror francês deste período, partiu logo para os Estados Unidos, onde já realizou duas longas, "Hitman" e "The Divide", e um segmento para o filme "The ABCs of Death". 

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