quinta-feira, 25 de abril de 2013
Dark Star (Dark Star) 1974
A nave espacial Dark Star tem viajado através do vazio escuro do universo durante vinte anos terrestes, e apesar disso serem apenas três anos no espaço, a tripulação ainda se sente como se passassem 20 anos. Podem ser heróis na sua terra natal, fazendo explodir planetas instáveis noutros sistemas solares para tornarem ainda outros planetas habitáveis, nas proximidades, mas na verdade eles estão a ficar aborrecidos com o tédio. Já destruíram dezenove planetas, mas eliminando o vigésimo pode muito bem vir a ser mais complicado do que tinham pensado, por uma variedade de razões. Mas, principalmente, devido ao constrangimento da bomba que eles estão a usar.
Dark Star foi um exemplo, agora lendário, de como fazer um filme com um orçamento minúsculo, distribuí-lo e, pelo menos, torná-lo num sucesso de culto. Começou por ser uma obra do estudante John Carpenter, com cerca de 45 minutos de duração, que quando desistiu levou as filmagens consigo, e o produtor Jack H. Harris ofereceu-lhe dinheiro para expandir a idéia, para algo mais concreto, com mais tempo de duração. Nos anos setenta começou a ser exibido em sessões da meia-noite, foi neste circuito que o filme ganhou aprovação e um número crescente de fãs, talvez por causa das suas alusões ao filme de Stanley Kubrick "2001: Uma Odisseia no Espaço". Embora o filme se movimentasse mais perto do ambiente de "Dr. Strangelove" com a sua colecção de personagens trapalhonas e sarcásticas.
Por ser um filme de baixo orçamento, várias tarefas foram dadas a John Carpenter, que co-escreveu, dirigiu, editou, co-produziu e compôs a música, além de ter dobrado a voz de Talby (um dos personagens principais), já que o sotaque de Dre Pahich era muito difícil de se perceber. Da mesma forma, Dan O'Bannon, além de ter co-escrito também ficou com um dos papéis principais, além de ter ajudado na montagem, cenografia, sendo também sido responsável pelos efeitos visuais que, devido ao baixo orçamento, são um tributo à improvisação e à criatividade .
Com todos estes valores de produção baixos e efeitos pouco especiais, Dark Star destaca-se como um dos clássicos da ficção científica, e deve ser visto por todos os fãs do género.
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1 comentário:
Por acaso vi-o há pouco tempo, pela primeira vez - é um exercício interessante e curioso por parte de Carpenter. Bom destaque.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
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