segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O Tubo da Morte (The Snorkel) 1958

Paul Decker mata a sua esposa na sua villa italiana, drogando o seu leite e asfixiando-a com gás. Tranca o seu quatro por dentro e esconde-se dentro de um alçapão até depois do corpo da esposa ser descoberto pelos criados. A sua enteada desconfia dele, principalmente porque nenhuma nota de suicídio foi encontrada, e também está convencida que foi ele que assassinou o seu pai anos anteriormente...
Antes do terror surgir como principal linha de produtos da Hammer, em finais da década de 50, esta teve um sucesso mais modesto, ainda que notável, com uma série de thrillers de crime e suspense inspirados no film noir. Filmes esses que eram diferentes dos "mini-hitchcocks" da década seguinte (veremos mais à frente neste ciclo), mas isso não queria dizer que eles não tivessem relação. De facto, há pelo menos um filme que se encaixa bem em ambas as categorias, e ele chama-se "The Snorkel". Seria mais uma colaboração de Jimmy Sangster para a Hammer, e um dos últimos filmes de suspense que a Hammer produziu antes de "Scream of Fear", e os seus sucessores, que ficavam a meio caminho entre os filmes de suspense e os de terror. 
"The Snorkel" conta uma história que facilmente poderia servir de base para um mini-Hitchcock, mas fá-lo de uma forma mais linear e simplificada, sem todas as reviravoltas e realinhamentos, o que faz  sentido, porque estes filmes foram buscar influências a "Psycho", e esse filme ainda vinha no futuro.
"The Snorkel" parecesse muito com "The Night of the Hunter" no que diz respeito à gravidade e imediatismo do perigo em que coloca a sua jovem protagonista, mas ao contrário desse filme, este dá a impressão de que o realizador não permite que a sua personagem saia ilesa. Peter Van Eyck interpreta Paul Decker como alguém de quem não suspeitaríamos de um mal tão terrível, o que é vital para uma história na qual ninguém, a não ser a heroína perdida, o faz.

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