O doutor George Bonnet parece nem ter 40 anos de idade, mas na realidade tem 104. Mantêm o seu aspecto jovem graças a transplantes de glândulas paratireoides que faz para o seu corpo de dez em dez anos, só que para isso tem que matar o doador. Agora, o cirurgião que fazia as operações está velho demais para continuar, e tem de encontrar alguém novo. Felizmente uma paixão antiga regressa à sua vida na companhia de um cirurgião mais novo (Christopher Lee), e Bonnet tem de encontrar uma forma de o convencer a fazer a operação.
Terence Fisher tinha lançado a tradição do terror gótico da Hammer com três filmes, as novas versões de Frankenstein e Drácula e a sequela do primeiro, em 1957 e 1958. Enquanto que o estúdio continuava o seu trabalho também por outros géneros, como os filmes de suspense, guerra, aventuras e comédias de época, estes dois monstros referidos em cima praticamente definiram o cinema da Hammer na década de sessenta. Mas ainda antes, em 1959, Fisher e a sua equipa procuravam formas de expandir o género que tinham popularizado. Foi o ano que Fisher lançou "The Stranglers of Bombay" (filme histórico vendido como de terror), "The Hound of the Baskervilles" (filme de detectives vendido como de terror), "The Mummy" (mais um monstro popular), e um filme menos conhecido, chamado "The Man Who Could Cheat Death".
Este último era uma tentativa de romper os laços do estúdio com os monstros clássicos da Universal, mas teria menos sucesso do que outros realizados por Fisher na década seguinte. Baseado numa peça de 1939 de Barré Lyndon chamada "The Man in Half-Moon Street", filmada pela Paramont em 1945, a história tem uma vaga semelhança com "The Picture of Dorian Gray" de Oscar Wilde, mas remonta à lenda do alquimista do século XVIII St. Germain, que supostamente descobriu o segredo da imortalidade.
Quando o filme começou a ser planeado Peter Cushing foi originalmente escolhido para interpretar Bonnet, continuando a associação no grande ecrã com Christopher Lee e os rostos do terror da Hammer, mas acabou por desistir poucos dias antes de começarem as rodagens. O protagonista acabaria por ser o alemão Anton Diffring que já tinha feito o mesmo papel na televisão, e acabou por ser a escolha mais óbvia para um curto espaço de tempo em que era preciso encontrar um actor para o papel. Mas claro que Diffrin não tinha as mesmas capacidades de Cushing.
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