domingo, 24 de novembro de 2019

A Velha Ama (The Nanny) 1965

Bette Davis é uma ama inglesa que tem à sua carga um jovem perturbado de 10 anos, que recebeu alta de uma casa de correcção depois de lá ter passado dois anos, por supostamente ter afogado a irmã no banho. Regressa para um pai que não o ama, uma mãe frágil, e a ama, que ele odeia. A suspeita surge novamente quando a mãe é envenenada e o jovem continua a insistir que a ama é a culpada. O jovem, Joey, afirma que a ama foi a responsável pela morte da irmã mais nova, e apenas a jovem vizinha de cima acredita nele.
Este pequeno exercício de suspense é um dos melhores filmes não sobrenaturais da Hammer durante a década de sessenta. Com um argumento forte e muito bem elaborado por Jimmy Sangster, que infunde os arrepios habituais com um pouco de comentário social sobre o sistema de aulas inglês, e define as expectativas do espectador com algumas reviravoltas inesperadas. A realização cuidada de Seth Holt faz justiça a este argumento, dando ao espectador uma falsa sensação de segurança na primeira metade do filme, para depois fazer uma transição hábil para as revelações surpresas da segunda metade. 
As interpretações são outro dos pontos fortes do filme: William Dix tem uma força muito interessante no papel da criança problemática, Wendy Craig mostra uma figura muito simpática como a mãe vulnerável e muito vaidosa, e claro que o maior destaque tinha de ser para Bette Davis, no papel da ama. Uma estrela aparentemente em decadência, mas que ainda consegue dar uma força impressionante aos seus personagens. 

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