sábado, 2 de fevereiro de 2013
O Polícia da Estrada (Electra Glide in Blue) 1973
Um eremita comete suicídio com uma espingarda, no deserto do Arizona, ou pelo menos assim parece. John Wintergreen (Blake) é um policia de moto de cano curto que anseia começar a usar fato e gravata como detective da polícia. Com o seu parceiro Zipper (Bush), é um dos primeiros a chegar à cena do suicídio e começa a reunir pistas, agindo como o equivalente do Arizona a um Texas Ranger. As suspeitas de que tenha havido outro crime são inicialmente rejeitadas até que o relatório do legista encontra outra bala no corpo, que não corresponde à da espingarda...
O oeste selvagem do início dos anos 1970 não é exactamente habitado por homens da lei com a integridade de um Gary Cooper em High Noon, de modo que Wintergreen é antiquado ao tentar fazer a coisa certa. O filme é sobre a queda do sonho americano. É muito mais um filme do seu tempo, um tempo em que vários factores políticos tinham envelhecido o país, esmagando o sonho americano. Wintergreen é diferente, em grande parte porque ainda tem sonhos e ilusões. Ele acha que a lei deve ser cumprida exactamente pelo livro, não importa quem é o criminoso, e os seus colaboradores serão sempre homens honestos. Quando prova que é suficiente pensador para ver para lá de um suicídio fraudulento, os sonhos de uma promoção para detective, de repente, ficam ao seu alcance. Como um dos grandes filmes-anónimos da década de 1970, Electra Glide in Blue, trazia um Robert Blake três décadas antes de se tornar réu de um crime na vida real, e dois anos antes do seu sucesso na série de TV "Baretta", com uma das suas melhores interpretações até hoje.
Electra Glide in Blue é o único filme dirigido pelo produtor musical James William Guercio, que colocou no mapa bandas como os Blood, Sweat & Tears, ou os Chicago. O produto final é tão bom, que somos obrigados a desejar que ele tivesse feito mais filmes. A sua estreia na realização foi, obviamente, reforçada pela escolha do diretor de fotografia, Conrad Hall. Nos comentários de áudio do DVD, Guercio diz que Electra Glide in Blue foi uma produção de baixo orçamento para a United Artists, mas graças à excelente fotografia de Hall ficamos a pensar que se tratava de um filme de grande orçamento.
Guercio fez Electra Glide in Blue como o "outro lado" de Easy Rider. No momento em que os policias estavam sob o fogo da contracultura, Guercio queria fazer um filme sobre um policia com integridade, que simplesmente fazia o seu trabalho. Comercialmente, nunca recuperou de ser rotulado como "fascista" no Festival de Cannes de 1973 - outro indicador de como os tempos mudaram - mas lentamente tornou-se numa obra de culto, ao longo dos anos, e agora é visto mais como um complemento para Easy Rider do que um ataque directo à sua política.
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