Ao lado da Nouvelle Vague francesa e do pós neo-realismo italiano (Fellini, Antonioni, Pasolini, etc), a New Wave da República Checa é talvez uma das mais ricas do cinema do século XX.
Durante cerca de dez anos (desde o início da década de 1960, ao início da década de 70) uma geração de cineastas checos deu-nos alguns dos filmes mais engenhosos, originais, inovadores e mais belos de toda a história do cinema. Isto aconteceu, em parte, por causa de uma reforma cultural e política que o país sofreu desde 1962. Durante este tempo, os cineastas da nova vaga Checa apreciaram uma indústria cinematográfica suportada pelo estado, tanto no mercado nacional como internacional (com especial interesse nos EUA) e uma liberdade artística relativa.
Durante alguns anos, puderam falar sobre assuntos que cineastas de outros países comunistas não seriam capaz de, por causa da censura. O objetivo era "fazer o povo checo consciente colectivamente de que eles agora eram participantes de um ex-sistema de opressão e de incompetência que os tinha brutalizado a todos."
Foi assim até ao Verão de 1968, quando os soviéticos invadiram Praga, impondo-lhes fortes regulamentos sociais e políticos, e pouco depois, oficialmente, terminava a Nova Vaga do Cinema Checo.
Vera Chytilova, Jaromil Jires, Jan Nemec, Ivan Passer, Juraj Herz, Milos Forman, foram alguns dos nomes que saíram desta vaga, e que renderam ao país dois Óscares de Filme em Língua Estrangeira, num curto espaço de tempo.
Nos próximos dias, vamos conhecer 12 dos mais conhecidos filmes deste movimento. Espero que gostem. Até amanhã.
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