domingo, 20 de janeiro de 2013
Whisky Galore! (Whisky Galore!) 1949
O período das comédias da Ealing começou com "Hue and Cry", em 1947, e "Whisky Galore!" tornou-se um dos mais importantes desta série de filmes. Seria a estreia do realizador Alexander Mackendrick, que viria a realizar cinco destas magníficas comédias. Começou com um storyboarder e foi andando até começar a dirigir filmes. Nascido americano, eventualmente regressou ao seu país de origem, a Escócia, depois de descobrir que fazer filmes em Hollywood não era coisa muito fácil.
Numa pequena ilha nas Hébridas Exteriores, chamada Todday, a Segunda Guerra Mundial continua a ser um evento bastante distante. Isto até um triste dia de 1943, quando o fornecimento de whisky esgota. As consequências são terríveis, já que naquela ilha havia pouco mais acção do que beber whisky no bar da cidade. Onde quer que se olhasse lá estava um homem triste, de luto, pela perda do que vale a pena viver, a água da vida. Então um raio de esperança ilumina-os na forma de um acidente. Um cargueiro, o SS Cabinet Minister, não consegue navegar no meio da neblina e encalha ao largo da ilha de Todday. Quando dois dos habitantes da ilha remam até ao navio para ajudar a tripulação ficam a saber que a carga é composta por 50.000 garrafas de whisky. Os dois homens contam a todos os habitantes de Todday o valor da carga inestimável, mas o Capitão Paul Waggett (Basil Radford), o comandante da guarda inglesa no local, impede os habitantes da ilha de saquear o navio, e dá ordens a um sargento para garantir que ninguém bote as mãos no alcool. Mas é claro que os habitantes da ilha não vão desistir tão facilmente.
A história foi inspirada em eventos reais, e faz o divertimento lúdico da animosidade tradicional entre escoceses e ingleses, onde as nossas simpatias caem obrigatoriamente sobre os escoceses e não com os frios ingleses cujos deveres da Guarda se tornam mais um obstáculo para a vida na ilha do que uma defesa eficaz contra os alemães. É um filme muito charmoso, simples, que praticamente evita a comédia slapstick (excepto perto do final) a favor de piadas mais discretas. Observar os moradores de Todday é um prazer, graças ao elenco magnífico, mas Basil Radford também está perfeito como o sério capitão que tenta manter alguma aparência da ordem e da autoridade sobre a ilha. O filme é bem tranquilo e apresenta várias sequências divertidas que ilustram o quão triste e posteriormente alegres as pessoas de Todday podem ser, consoante a falta, ou não, do whisky.
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