Um irmão e uma irmã mudam-se para uma casa antiga à beira-mar que encontram abandonada na costa inglesa, e cujo preço foi uma pechincha. O encanto original com a casa diminui à medida que eles ouvem histórias dos antigos proprietários e conhecem a filha (agora uma jovem mulher), que vive perto como vizinha, com o avô. Também são ouvidos sons inexplicáveis durante a noite. Torna-se evidente que a casa está assombrada. As razões para a assombração e como eles se relacionam com a filha por quem o irmão está caindo de amor, prova ser um mistério complexo. Conforme eles vão sendo obrigados a resolver o mistério, a actividade sobrenatural aumenta até um nível assustador.
"The Uninvited" precedeu "The Haunting" (de Robert Wise) em quase vinte anos, mas muitas vezes é esquecido pelo público fã deste género de filmes. Dirigido por um ex-director de teatro, Lewis Allen (primeira obra no cinema), e adaptado por Dodie Smith e Frank Partos da explêndida novela de Dorothy Macardle chamada "Uneasy Freehold", The Uninvited tem a distinção de ser o primeiro filme de Hollywood a apresentar uma assombração como um autêntico acontecimento sobrenatural. Ocasionalmente brinca com a luz, mas desde muito cedo que percebemos que a assombração é real. E é realmente um pouco assustadora.
Com o desenrolar da história, o mistério de uma morte torna-se a força motriz da narrativa, como são levantadas questões sobre as circunstâncias que levaram a que ela ocorra e à relevância de infidelidade amplamente conhecida do marido.
Sendo este um filme de série A de Hollywood, não faltava o grande elenco. Ray Milland como protagonista, ao lado de Ruth Hussey, Donald Crisp, e uma jovem actriz promissora, chamada Gail Russell. Com apenas 20 anos de idade quando entrou no elenco, como Stella, Russell era tímida, e a beleza que transparecia nos seus olhos dizia que nunca devia ter ido para a indústria do cinema. Diz a lenda que Russell começou a beber nas filmagens de "The Uninvited", para superar o medo debilitante da câmara, e foi aí que os problemas começaram. Desentendimentos com a lei na sua vida foram bem divulgados, o divórcio, rumores de adultério - eram o prato do dia para mais uma playgirl moderna de Hollywood, mas isto não era bem visto nas décadas de 40 e 50. Russell morreu com 36 anos, em 1961, foi encontrada morta com graves danos no fígado e desnutrição, no chão do seu apartamento, sozinha, rodeada de garrafas vazias de alcool. Apenas mais uma história triste de Hollywood.
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