terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Metrópolis (Metropolis) 1927
No século 21, na cidade de Metropolis, a elite vive no luxo, num complexos de torres, enquanto milhões de trabalhadores trabalham firmes em grutas subterrâneas, constantemente servindo as máquinas que mantêm a cidade viva. Freder, o filho de um dos senhores ricos, segue uma bela jovem, Maria, para o mundo subterrâneo dos trabalhadores. Aqui, Maria, discursa aos trabalhadores que a opressão um dia terá um fim. Profundamente comovido com o que viu, Freder regressa à cidade e confronta o pai, mas sem sucesso. Temendo uma rebelião, o pai, Joh Fredersen, alia-se a um inventor cruel, Rotwang, que aperfeiçoa um robot humanóide. Tendo raptado Maria, transferem os seus dotes para o robot, e enviam-no à cidade subterrânea para provocar uma revolta que irá transformar os trabalhadores contra Maria e os seus seguidores...
Embora seja amplamente reconhecido como um dos maiores filmes de ficção científica de todos os tempos, uma obra-prima do cinema mudo e, possivelmente, o auge do expressionismo alemão, Metropolis de Fritz Lang tem tido uma história bastante irregular. De facto, não existe uma versão única e definitiva do filme. A versão original de 1926 foi destruída, e hoje em dia, existem cerca de meia dúzia de versões de diferentes tamanhos e qualidade. Mesmo hoje, com todos os efeitos visuais poderosos oferecidas pela tecnologia CGI, Metropolis ainda tem a capacidade de impressionar o público com os seus visuais deslumbrantes. O poder do filme, e a única coisa que lhe permitiu alcançar o status de culto e a reputação como uma obra-prima, é principalmente a escala e a qualidade das suas imagens. O design da cidade é um trabalho de génio, e os cenários espantosos são verdadeiramente impressionantes. Adicionando ainda a fotografia que dá ao filme uma sensação de escala e de ameaça que apenas alguns outros conseguiram chegar perto.
Nos seus dias, Metropolis foi o filme mais caro até ao momento, custando cerca de sete milhões de marcos alemães, chegando muito perto de falir a empresa de produção, a UFA. Este nível de extravagância é evidente em todo o filme, que empregava cerca de 30 mil extras e empurrou a tecnologia e os efeitos especiais até ao limite. Isto pode ser visto nos grandes cenários do filme, que incluem a cena lendária do laboratório (onde a forma de Maria é fundida com a de um robot, o protótipo para muitas cenas de cientistas loucos desde então) e na cena do dilúvio.
Fritz Lang inspirou-se para fazer este filme depois de uma visita a Nova York em 1924, onde as vistas dos arranha-céus deixaram-lhe uma impressão duradoura. Escreveu o argumento com a sua nova esposa Thea von Harbou, baseados num romance com o mesmo título. Brigitte Helm, que protagoniza o filme no papel duplo de Maria e a réplica android, posteriormente, tornou-se uma grande estrela na Alemanha.
Quando o filme foi lançado pela primeira vez na Alemanha e nos Estados Unidos, recebeu críticas mistas e acabou por ser um fracasso comercial. A versão americana foi reduzido para 63 minutos, fazendo o enredo praticamente ininteligível, enquanto a versão de 1928, alemã, tinha 90 minutos, e foi durante muitos anos a versão definitiva. O filme tem sido desde então re-editado e re-lançado uma série de vezes, a mais controversa por Giorgio Moroder em 1984 (com tingimento de cor e uma banda-sonora moderna com sintetizadores). Esta versão tem 120 minutos, e já nem sei bem qual é.
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