domingo, 2 de agosto de 2015

Viva a Morte (Viva la Muerte) 1971

No final da Guerra Civil espanhola, Fando, um rapaz de 10 anos de idade, tenta encontrar sentido na guerra e na prisão do pai. A mãe religiosa é solidária com os fascistas, e o pai é acusado de ser comunista. Fando descobre que a mãe pode ter culpas na prisão do pai. Vemos Fando a imaginar explicações para o que está a acontecer, outras vezes vemo-lo a brincar sozinho ou com a amiga Thérèse. Fantasias edipianas e a curiosidade de um rapaz sobre sexo e morte, em conjunto com a sua busca pela natureza da sua mãe e o destino do seu pai. Será que Fando irá sobreviver a esta busca?
Junto com o cineasta Alejandro Jodorowsky e o artista Roland Topor, Fernando Arrabal formava o surrealista "Panic Movement", 1962. Jodorowsky foi o primeiro a estrear-se na realização, com "Fando y Lis", vagamente adaptado do livro de Arrabal com o mesmo nome, um trabalho estranho de sequências visuais inesquecíveis. Rmbora ambos os realizadores tenham nos seus filmes diferentes pontos de vista distintos e enigmáticos, a versão de "Viva La Muerte", de Arrabal, é de longe muito mais linear e acessível do que a abordagem de Jodorowsky.
"Muerte" deriva dos esforços de Arrabal em compreender o destino do seu próprio pai, um anti-fascista que esteve preso durante a Guerra Civil espanhola, mas ao contrário da personagem deste filme, o pai de Arrabal conseguiu fugir em 1942, desaparecendo sem deixar vestígios. Estes acontecimentos deixaram marcas no futuro realizador, que o levou a criar este pequeno grande filme.

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