segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Preto e Branco a Cores (La Victoire en Chantant) 1976

Colonos franceses em África de repente ficam-se no meio a uma guerra contra os alemães. Certos de que precisam cumprir o dever e ao mesmo tempo lutar contra os inimigos, eles imediatamente recrutam a população nativa. E dão a eles botas e armamentos, a fim de transformá-los em soldados. Diante do caos que se instala, surge um jovem e idealista geógrafo francês, o único mais racional, que decide controlar a guerra quando vê o fracasso daqueles inexperientes combatentes. 
Filme de estreia de Jean-Jacques Annaud, realizador de obras como "A Guerra do Fogo", "O Nome da Rosa", "O Urso", entre outros. Produzido com dinheiro da Suiça, França e Alemanha, foi totalmente filmado na Costa do Marfim, e apesar de não ser dos mais belos filmes anti-belicistas acabou por levar um Óscar de Melhor filmes em língua estrangeira para casa, num ano em que a concorrência nem era muito forte. 
É um filme carregado com sátira e ironia, onde abundam personagens brancos estúpidos e alienados com um conceito vago do patriotismo, Annaud constrói cenas absurdas e cómicas para mostrar toda a estupidez da guerra, colonialismo, divisão racial, etc. 
Na altura em que foi feito o filme, a França ainda tinha interesses nas terras colonizadas, e talvez, num filme, nunca tenha ficado tão claro o desprezo dos colonos pelos colonizados. Talvez por isso, o Óscar.

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