Tal como "Another Earth", "Sound of My Voice" também tem algumas particularidades: é igualmente escrito e interpretado por Brit Marling, claramente uma estrela em ascensão. "Sound of My Voice" também é um filme intrigante, intenso, de baixo orçamento, que mistura a ficção científica de baixo orçamento, neste caso o mistério. Os dois personagens principais são Peter Aitken (Christopher Denham) e Lorna Michaelson (Nicole Vicius), que se encarregaram de investigar e desmascarar um culto super secreto do sul da Califórnia, cujos membros se reúnem no porão de uma casa suburbana e ouvem os ensinamentos de Maggie (Brit Marling), uma jovem de 24 anos que afirma vir do futuro, do ano 2054.
Será Maggie uma verdadeira viajante do tempo que sabe de uma guerra cívil eminente, ou será uma trapaceira a enganar os ingénuos e impressionáveis? Peter, que trabalha como professor substituto durante o dia, e se imagina um intrépido jornalista investigador durante a noite, acredita na segunda hipótese, e infiltram-se no grupo para expor Maggie. Lorna, que recentemente deixou uma vida de drogas e devassidão em Hollywood, envolve-se mais por dedicação ao namorado, do que vontade em descobrir a verdade.
Longa metragem de estreia de Zal Batmanglij, que co-escreveu o argumento com Marling, e Rachel Morrison como directora de fotografia, veterana nos documentários e trabalhos para televisão, aproveitando ao máximo o seu escasso orçamento com cenários limitados, transformando espaços comuns como cozinhas, caves e garagens em portais quase sobrenaturais graças à iluminação e aos enquadramentos com a câmara.
A interpretação de Marling é muito convincente, uma mistura de fragilidade física e dominação psicológica. Maggie é uma presença espectral, e desde início percebemos que ela tanto pode ser a salvadora como apenas mais uma vigarista. Fala numa voz baixa, e olha para o seu pequeno grupo de seguidores com um sorriso beatífico que por vezes é fascinante e profundamente assustador.
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