Num futuro próximo, o mundo não é muito diferente do que é hoje, com uma excepção... Há muito poucas pessoas. E nenhuma criança. A raça humana está a caminho da extinção. Por alguma razão as mulheres já não engravidam. As poucas que o conseguem só geram seres mutantes que são imediatamente eliminados pelas autoridades. Judie Foster é fertil: já engravidou por 6 vezes. De cada vez, os obrigatórios testes de gravidez mostraram que se tratava de um mutante e e Judite foi obrigada a abortar. Agora ela engravida novamente. E pensa, e se os complicados testes que fazem ao feto foram a causa das mutações? Ela e o seu marido, André fogem da cidade para um hotel numa pequena e decandente estância balnear, na orla do continente, onde não há polícia e não há lei. Lá, Judite fica ao cuidado do enigmático Doutor Gould, que desaparece frequentemente no seu pequeno avião. Onde vai Gould? O que anda a fazer?
Na muito pequena lista de filmes portugueses de ficção científica, ou fantasia, "Aparelho Voador a Baixa Altitude", realizado pela sueca naturalizada portuguesa Solveig Nordlund, merece um enorme destaque, e cai muito bem neste ciclo de Fantasy Lo-Fi. Nordlund escolheu para adaptar uma pequena história de J.G. Ballard, com o argumento feito em conjunto com Colin Tucker e Jeanne Waltz a tornarem a história mais rica, além das grandes interpretações de Margarida Marinho e Miguel Guilherme, e ainda os cenários desoladores da região de Tróia, e do sul do rio Tejo.
Os cenários são mesmo a parte mais importante do filme. A sua presença desoladora e sem vida aparecem sempre em fundo na maioria dos shots de Nordlund, conseguindo tirar o máximo proveito que estes prédios em ruínas têm para oferecer, conseguindo ângulos invulgares ao filmar varandas, corredores, átrios, portas e janelas para maximizar o efeito visual e psicológico do filme, pois é nos corredores escuros do hotel que a maioria dos momentos mais importantes do filme é rodado.
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