No final dos anos 80, Alois Nebel trabalha como despachante na pequena estação ferroviária de Bílý Potok, uma pequena localidade na fronteira entre a Polónia e a Checoslováquia. Ele é um homem solitário que prefere as tabelas de horários dos comboios às pessoas, e que encontra tranquilidade na solidão da estação – excepto pelo nevoeiro que invade o lugar. Quando isso ocorre, ele entra em estado alucinatório e vê os comboios dos últimos cem anos passarem pela estação, trazendo fantasmas do sombrio passado da Europa Central. Alois não consegue livrar-se desses pesadelos e acaba internado num sanatório. Lá ele conhece o Mudo, um homem que foi preso pela polícia depois de cruzar a fronteira e carrega consigo uma antiga foto. Ninguém sabe por que ele veio para Bílý Potok ou o que ele procura, mas é o seu passado que impulsiona Alois na sua jornada.
De acordo com o realizador, o checo Tomás Lunák, ao adaptar esta novela gráfica para o grande ecrã, a sua principal inspiração foi "Sin City". mas enquanto isto poderia soar a um apelo ao público da moda, "Alois Nébel" não poderia ter sido mais diferente, um exemplo sinistro da desconfiança entre os europeus orientais na queda do comunismo, e um homem apanhado no meio desta situação, sendo uma personagem marginalizada.
Naturalmente, com uma tradução tão específica de um lugar e um tempo, ajuda se o público estiver familiarizado com a política e a agitação checa, porque o realizador recusa-se a dar-nos os factos que estão por trás de tanta agitação. Um óptimo filme de animação.
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