Nos últimos dias da Primeira Guerra Mundial um navio misterioso dos Estados Unidos zarpa na costa espanhola, rebocando um submarino. O seu objectivo é encontrar e afundar um submarino alemão que tem sido muito eficiente a afundar navios aliados. Este navio misterioso parece inofensivo, mas na verdade está equipado com uma arma formidável capaz de afundar um submarino. Parando nas ilhas Canárias para reabastecer, a tripulação interage com os moradores locais envolvidos com os alemães, e com os próprios alemães, inclusive com a irmã do comandante do submarino que pretendem afundar, que aguarda no mar alto pela grande batalha.
Um ano depois de "Men Without Women", John Ford regressa ao mar, e ao mundo dos submarinos, com este "Seas Beneath", que fica uns tiros abaixo do filme anterior. "Seas Beneath" é uma aventura marítima que tem lugar nos dias finais da Primeira Guerra Mundial, e apraz dizer aqui que neste período da história do cinema americano eram raras as aventuras marítimas do cinema de Hollywood, mas este, mesmo assim, é um filme de guerra bastante sólido.
Metade do filme é passado numa cidade portuária espanhola, com espiões a circularem por entre a população e pelos próprios soldados norte-americanos. Estas sequências sofrem de um problema dictado pelas restrições técnicas do inicio da era do som, mas Ford consegue ultrapassa-las acrescentando um pouco de mistério à história.
Onde o filme realmente ganha vida, é quando o Capitão Kingsley e a sua tripulação deixam o porto espanhol e embarcam num jogo de gato e o rato com o submarino alemão. Com a ajuda de um maravilhoso trabalho de câmara (assim como a assistência da Marinha Americana) Ford coloca o espectador no centro da acção, criando um sentido de autenticidade que faz destas cenas mais dramáticas, levando-nos a uma deslumbrante batalha naval final. As batalhas navais são de facto o ponto alto do filme,
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