sexta-feira, 5 de abril de 2019

Arrowsmith (Arrowsmith) 1931

Interpretado por Ronald Colman e Helen Hayes, "Arrowsmith" conta a história de um homem que dedica a sua vida à medicina, muitas vezes sacrificando a sua própria felicidade pelo bem da causa. O filme é baseado num romance de Sinclair Lewis, e não há como negar que grandes partes do livro foram omitidas.
Como resultado, algumas partes do filme esticam seriamente os limites da credibilidade, particularmente como uma sequência em que o Dr. Arrowsmith (Colman) deixa frascos abertos da praga em volta da sua casa, ainda assim, a estrutura episódica do filme garante que este raramente se torne aborrecido, embora a história perca algum fulgor no final. 
"Arrowsmith" é mais uma curiosidade hoje em dia do que um bom filme, e uma entrada inicial no subgénero do "desastre viral", com o argumentista Sidney Howard a reduzir nos conflitos intelectuais do livro, concentrando-se na rápida ascensão profissional do médico, de estudante de medicina para médico de cruzada, e as suas relações com o establishment médico, a sua devotada esposa, interpretada por uma incrivelmente jovem Helen Hayes, e um encontro com a sedutora Myrna Loy. Quando o filme foi reeditado depois da implementação do moralista Production Code praticamente todas as sequências de Myrna Loy foram removidas, reduzindo assim a sua já magra personagem a uma amiga levemente atraente, mas solidária. 
Produzido por Samuel Goldwyn e realizado por John Ford, conseguiu quatro nomeações para os Óscares, incluindo Melhor Filme, Argumento, Fotografia e Direcção de Arte. Num ano tão glorioso em que foram nomeados filmes como "Grand Hotel", de Edmund Goulding, "The Champ", de King Vidor, "Shangai Express" de Josef Von Sternberg, "One Hour with You" de Ernst Lubitsch, Arrowsmith" foi talvez o mais fraco a ser nomeado a melhor filme, mas Ford ainda não tinha atingido o nível de qualidade de que sabemos. Estará para breve.

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