quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Nathalie Granger (Nathalie Granger) 1972

Uma casa em Yveslines, nos arredores de Paris é o lar de duas mulheres(Lucia Bosé e Jeanne Moreau), de temperamento muito diferente. Uma das mulheres ocupa o tempo como dona de casa, e jardinagem, a outra preocupa-se frequentemente com o futuro da filha, Nathalie. Será que o futuro de Nathalie vai passar pelo internato, seguindo ela as aulas de música? O único som que quebra o silêncio é o do rádio, até que um vendedor (Gérard Depardieu) aparece à porta...
Marguerite Duras ("Cesarée"/"India Song"/"Woman of the Ganges") em 1959 escreveu o argumento para "Hiroshima, Mom Amour". Aqui ela escreve e dirige este retrato minimalista da vida de duas mulheres, feito quase sem diálogos, longas pausas de silêncio, e sem enredo discernível. Era o chamado anti-drama, percursor tanto de Chantal Akerman como Claire Denis, com Duras, para sentir uma sensação de conforto, a filmar na sua própria casa nos arredores de Paris.
As necessidades emocionais de Nathalie são atendidas através de reacções calmas e racionais das duas mulheres altamente inteligentes, e através do canal sublime da música, e poderia haver uma escolha melhor do que Johan Sebastian Bach para fazer a alma de uma criança mais sublime, mais pura e mais nobre?
Grandes interpretações de Bosé, Moreau e Depardieu, e também da jovem Valerie Mascolo no papel de Nathalie, naquele que foi o seu único filme até hoje.

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