O Jornal do Fundão, os Encontros Cinematográficos, o Lucky Star – Cineclube de Braga e o My Two Thousand Movies associaram-se nestes tempos surreais e conturbados convidando quarenta personalidades, entre cineastas, críticos, escritores, artistas ou cinéfilos para escolherem um filme inserido no ciclo “Cinema em Tempos de Cólera: 40 dias, 40 filmes”, partilhado em segurança nos ecrãs dos computadores de vossa casa através do blog My Two Thousand Movies. O nono convidado é o crítico de cinema Luís Miguel Oliveira, que escolheu Le Horla de Jean-Daniel Pollet e nos disse para “ver em quarentena o máximo filme de quarentenas.”
Sinopse: LE HORLA transpõe livremente uma novela fantástica de Maupassant (primeiro publicada como “Lettre d'un Fou” e depois “Le Horla”, em 1885/86), em que um jovem, belo e vulnerável homem, única personagem do filme, é visitado pela loucura numa solitária casa à beira mar.Sinopse: LE HORLA transpõe livremente uma novela fantástica de Maupassant (primeiro publicada como “Lettre d'un Fou” e depois “Le Horla”, em 1885/86), em que um jovem, belo e vulnerável homem, única personagem do filme, é visitado pela loucura numa solitária casa à beira mar.
Entrevistado em 1968, o realizador explicou que “em Le Horla há três percepções diferentes do tempo. Em primeiro lugar há o tempo da história de Maupassant, depois o tempo da pessoa que conta a história. Tudo isso é situado no passado leitor de cassetes que está no fundo do barco, e que forma o terceiro tempo. Graças aos planos que se seguem uns aos outros, os três tempos dissolvem-se para se transformarem apenas num, o do filme. Também pedi ajuda a um pintor que tem andado a trabalhar há dez anos na relação entre a psicopatologia e as cores. Em Le Horla cada cor corresponde a um aspecto da doença do personagem numa correlação muito precisa.”
* Legendado em inglês.
Amanhã, a escolha de Inês Lourenço.
Sem comentários:
Enviar um comentário