segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Lili Marlene (Lili Marlene) 1981

Alemanha, 1938. A cantora Willie (Hanna Schygulla) torna-se uma estrela nacional ao gravar a música "Lili Marlene", que se torna uma espécie de hino dos soldados nazis. Admirada até por Hitler, Willie esconde um segredo: seu grande amor, o compositor Robert (Giancarlo Giannini), é judeu.
Co-produção internacional de grande orçamento, filmado em inglês (a pensar no público americano) e a cores,  foi bastante aclamado pela crítica, mas não foi bem recebido pelo público. O argumento foi desenvolvido utilizando a autobiografia "Der Himmel hat viele Farben" (The Heavens Have Many Colors), de Lale Andersen. Contudo, de acordo com o último marido de Lale, Arthur Beul, o filme tinha pouco a ver com a sua vida real.
Filmado curiosamente com uma nostalgia mórbida por swashtikas, e pelo mundo do showbizz, e tem a curiosidade de nos mostrar que Willie não tem talento para cantar, mas por ela cantar uma música vezes sem conta, tem o estranho efeito de torná-la bonita. O argumento é a típica história de amor de Hollywood, mas o que mantém a história sólida é o ambiente kitsch, e o habitual histerismo de Fassbinder. Longe dos filmes mais inteligentes e avassaladores do realizador, é uma obra muito competente, capaz de agradar aos dois mundos, e trazer novos fãs para a carreira do relizador.
Um destaque para o elenco do filme, que para além dos colaboradores habituais de Fassbinder, conta com o italiano Giancarlo Giannini, e o norte-americano Mel Ferrer.

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