terça-feira, 30 de junho de 2015

A Pista dos Gigantes (The Big Trail) 1930

Breck (John Wayne) conduz uma caravana de pioneiros através de ataques indios, tempestades, desertos, rios caudalosos, descendo penhascos, enquanto procura o assassino de um caçador, e se apaixona por Ruth (Marguerite Churchill).
Western épico, o primeiro da era do cinema sonoro, foi filmado simultaneamente nos 35mm habituais, e em 70 milímetros widescreen, um processo recém introduzido mas de curta duração chamado Fox Grandeur (similar ao posterior Todd-AO). Nos anos 90 foi restaurado, ao seu esplendoroso widescreen original. O filme faz um trabalho impressionante ao mostrar as suas impressionantes vastas paisagens, as caravanas a atravessarem os rios, cruzando planícies ásperas e escalando penhascos íngremes em todos os tipos de clima, e a coragem dos pioneiros para fazerem uma viagem tão perigosa, tudo isto é mais importante do que um argumento pouco criativo e sem imaginação, para além de díalogos pouco naturais, e uma tentativa de fazer humor ligeiro. Mas tudo isto acaba por não ser tão importante.
Consta que o filme custou 2 milhões de dólares para ser feito, muito para a altura em questão, e surpreendentemente falhou nas bilheteiras. Foi filmado na mesma tradição que outros grandes westerns da década anterior, como "The Covered Wagon" (1923) ou "The Iron Horse" (1924). Raoul Walsh pretendia ser o protagonista, mas teve de procurar um substituto depois de perder um olho. John Ford recomendou-lhe o seu amigo Marion Morrison para o papel, e este para o seu papel de protagonista acabou por adoptar o nome de John Wayne, com o qual ficaria no resto carreira. Mas depois do filme ter fracassado monetariamente acabou por obrigar Wayne a andar por inúmeros filmes de série B durante a década de 30. Wayne só recuperaria a reputação quase 10 anos mais tarde, num outro western épico realizado por John Ford: "Stagecoach".

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