Prairie City, no Texas, é uma pequena cidade que tem um "dono", Ed McNeil (Sebastian Cabot). Com a ajuda de pistoleiros, comandados por Johnny Crale (Nedrick Young), McNeil aterroriza a população forçando-os a vender as suas terras, pois sabe que há uma quantidade enorme de petróleo na região. O proprietário Sven Hansen (Ted Stanhope), um sueco que pescara baleias no passado, é assassinado por Johnny, pois não quis vender as suas terras. Logo depois George Hansen (Sterling Hayden), o filho de Sven, chega à cidade e, vendo que o xerife (Tyler McVey) é corrupto, tem como única alternativa agir por conta própria.
Estranho e surreal e único entre os westerns da época. Embora contenha a maior parte dos clichés do género (o xerife corrupto, o magnata ganancioso por terras, o pistoleiro sinistro, o herói vingador), cada cada cliché tem uma variação. A música é bizarra e por vezes parece não encaixar, mas acaba por aumentar a sensação invulgar que temos ao ver o filme. A história está repleta de dilemas morais que lhe conferem uma profundidade surpreendente.
Escrito, sob pseudónimo, por Dalton Trumbo, um dos nomes mais fortemente perseguidos pelo Macarthismo, e realizado por Joseph H. Lewis, um dos mais reconhecidos realizadores da série B, conta-nos uma história bastante directa sobre o bem vs. o mal. Sombras de "Johnny Guitar" são imediatamente evocadas quando Hayden surge na sequência de abertura, empunhando um arpão contra um inimigo invisível, e também vemos Frank Ferguson, que interpretou um xerife no mesmo filme, mas o filme segue por um caminho muito diferente, e com muito entretenimento do inicio ao fim.
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