Otello Celletti (Alberto Sordi) é um ex-soldado desempregado de uma pequena cidade italiana. Desde o final da guerra que ele vive com o pai e a família às custas do cunhado, Nando. Um dia recebe uma carta a dizer que tem um emprego como transportador no mercado da cidade, apesar do seu pedido para ir para a polícia. Não querendo aceitar este emprego, procura o presidente da cidade (Vittorio de Sica) que lhe consegue o emprego que ele procurava. Como polícia, Otello pode finalmente vingar-se de todos os que o provocavam no período pós-guerra, quando ele não tinha emprego, mas logo coneça a ter problemas com os seus deveres...
Comédia sobre o povo italiano que se atreve a subir na sociedade e desafiar os poderosos. Feito de uma forma cómica mas numa veia mais realista, uma típica comédia neorrealista que era tão popular no início da década de sessenta, e como já era habitual, com Alberto Sordi numa grande interpretação. Atrás das câmaras tínhamos Luigi Zampa, que por esta altura fazia comédias grotescas que criticavam a sociedade italiana, mesmo sem ter um alvo fixo, concentrando-se sobretudo na piada.
Apesar de ter estreado com a célebre frase "qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência", na realidade o filme foi inspirado numa notícia que foi publicada em Julho de 1959. Deixava claro o quanto irrealista era a rebelião de uma pessoa fraca, e como as más práticas e a corrupção são aceites pelas pessoas como coisas normais.
É um filme bastante raro. Legendas em inglês.
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