Em Roma, o escritor americano Sam Dalmas testemunha uma tentativa de assassinato à dona de uma galeria de arte, Monica Ranieri, pouco tempo antes de voltar para casa. O inspector Morosini, encarregado de investigar os três assassinatos anteriores do suposto mesmo serial killer, pede ajuda a Dalmas e confisca-lhe o passaporte. Dalmas decide então ficar mais um tempo com a namorada Julia, e ajudar na investigação, mas o assassino começa a ameaçar Dalmas e a sua namorada.
"O Pássaro com Plumas de Cristal" seria o filme de estreia de Dario Argento, e é aquele tipo de filme que deixa muito para a imaginação, ao encenar os seus crimes com um mínimo de sangue, e uma dependência estratégica do trabalho de câmara. Estas sequências geralmente têm uma sensação claustrofóbica, pois concentram-se em mãos, facas e partes do corpo, e usam o som e a montagem para fazer o resto. O director de fotografia era Vittorio Storaro, e a banda sonora a cargo de Ennio Morricone, e está tudo dito.
Argento era um jovem argumentista, já tinha colaborado em diversos filmes como "Aconteceu no Oeste" de Sérgio Leone, e a sua estreia na realização valeu-lhe imediatamente a alcunha de "novo Hitchcock". Mas o filme consegue ir muito mais além do se possa imaginar. Havia uma tentativa clara desde os anteriores filmes de Mario Bava, de fazer pegar o género "giallo" entre o cinema popular italiano. Apesar desses dois filmes (já vistos neste ciclo), serem bastante bons, e seguirem as principais características deste sub-género, seria com "O Pássaro das Plumas de Cristal" que se daria o verdadeiro "boom" do Giallo.
O filme de Argento segue a tradição dos misteriosos assassinos giallos que eram populares em Itália, nas contracapas dos jornais, com um interesse sinistro pelos próprios crimes, tramas labirínticas muito bem planejadas, e personagens bidimensionais. Não seria o melhor filme de Argento, mas é dos seus filmes mais importantes.
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