Sally Kelton é infeliz em casa e na cidade monótona onde vive, até que conhece o músico itenerante Steve Ryan. Apaixona-se por ele, mas para Steve é apenas mais uma aventura até que vá para outra cidade. Quando ele parte, Sally resolve ir atrás dele, até que descobre que está grávida, numa sociedade que não aceita mães solteiras.
O primeiro filme realizado por Ida Lupino não tem o seu nome nos créditos finais como realizadora. Começou por ser um drama social co-escrito por Lupino e Paul Jarrico, e com Elmer Clifton na cadeira de realizador. Durante a rodagem do filme Clifton teve um ataque de coração, e foi Lupino quem passou para a cadeira de realizadora. Clifton veio mesmo a falecer pouco depois do filme estrear. É dificil distinguir entre o trabalho de Clifton e o trabalho de Lupino, mas independentemente disso, o estilo visual sobressai para desvendar o colapso psicológico de uma mãe solteira.
Lupino consegue sondar as profundezas psicológicas com o mínimo de recursos, e um elenco de actores desconhecidos, onde se destacava Sally Forrest, que a acompanharia a realizadora em alguns dos seus futuros filmes, assim como Keefe Brasselle e Leo Penn. O filme foi rodado à pressa, em grande parte nas ruas e em cenários reaproveitados. Era para se ter chamado de "Unwed Mothers" ("mães solteiras"), mas a realizadora achou melhor mudar o nome para não ver o seu filme censurado.
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