Quinze minutos na pele de John Malkovich é a experiência vivida por Craig Schwartz (John Cusack) depois de ter descoberto, no sétimo andar e meio do escritório onde trabalha, uma porta que dá acesso à mente daquela celebridade.
Rapidamente a notícia espalha-se e a identidade do famoso actor (que aqui se representa a si próprio) vai ser partilhada por um grupo de pessoas, incluindo a mulher de Craig (Cameron Diaz). E todos querem ser John Malkovich...
Primeira obra, e filme que trouxe para a ribalta Spike Jonze, um famoso realizador de videoclipes que desde o ínicio da década de noventa vinha a trabalhar com alguns dos mais variados músicos da música popular, como Sonic Youth, Teenage Fanclub, Beastie Boys, R.E.M., Pavement, Bjork, Daft Punk, entre muitos outros.
Jonze mantém o filme como uma paródia da vida, e uma paródia de si própria. O único momento em que o filme corre o risco de inclinar a balança é quando permite um desfile de verdadeiras estrelas de Hollywood façam pequenas aparições para aumentar a sensação de verdadeira realidade bizarra. O melhor deles é Charlie Sheen, com um papel bastante substancial que faz um riff depreciativo da sua própria personalidade de estrela manchada. Mas Jonze, e o argumentista Charlie Kaufman, também a estrear-se nas longas metragens, nunca deixam o filme ficar fora de controlo.
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