Em Manhattan vive Max, um jovem génio que evita contacto com outras pessoas e sofre de terríveis dores de cabeça. Quando descobre o número completo de pi, compreende todos os segredos da existência de vida na Terra e, com isso, desperta o interesse de representantes da bolsa de mercado.
A brilhante estreia de Darren Aronofsky, pode não ter movimentado muito público na estreia, e pode ter afastado algum público dos seus filmes, mas marcou-o como um novo talento emergente do cinema norte-americano, e um nome a ter em conta para o século 21. Foi um dos filmes mais inteligentes dos anos 90, com estilo ousado e conteúdo intelectual que nunca o deixa ficar desatualizado, com os anos a passarem.
"Pi" assume teorias relacionadas a números e padrões de todos os tipos, de culturas antigas e modernas. Oferece-nos uma tour histórica da relação humana com a matemática, enquanto cataloga a desintegração de um homem, ou a ascensão. O trabalho de câmara frenético permite que o espectador menos instruído se envolva com a mentalidade de Max. Imagens granuladas a preto e branco, e padrões variáveis de luz e sombra funcionam bem para aumentar o elemento do suspense, e há uma banda sonora techno, cada vez mais agressiva, para nos lembrar que a música também é uma forma de expressão matemática.
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